As sensações parecerem tomar vida animal...
O medo vira lobo.
A dor vira iena.
O amor vira lagarta.
A fome vira baleia.
O toque vira porco-espinho.
O sono vira abelha.
A esperança vira preguiça.
Quando amanhece tenho a terrível notícia de que os animais da noite anterior estavam presos! Minhas sensações estavam presas. Sem elas não sou ninguém.
Tenho receio da noite.
Ângela Pereira.
24 de maio de 2009.
A poetisa registrou nos seus rascunhos: Está liberado o carpe-diem! Enquanto a liberdade não chega. Por Ângela Pereira.
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