Cada vez que me ponho a executar
uma tarefa difícil ponho-me a recriar meus casulos. Gosto da idéia de olhar
para dentro e reconectar-me ao que sou, considerando o que o mundo que tento
romper me exige.
Sons e luzes tentam me seduzir
para sair antes do tempo do casulo. Aprendi em outros momentos que essa
ansiedade pode atrapalhar na qualidade do resultado.
Hoje, amarro minha ansiedade nas
teias do casulo e transformo-a em matéria prima.
Alimento o meu amor pela escrita
como arma de transformação e lembro das várias mulheres que também a amaram
como tal.
Reconheço as minhas habilidades
adormecidas ou confundidas pela correria da vida que nem sempre escolho.
Elimino as energias ruins que
querem interferir na minha caminhada e assumo para mim, mais uma vez, a minha
tarefa de atravessar sozinha a ponte.
Sei que depois descasularei mais
forte e mais feliz com a vida.
Castainho, 15 de fevereiro de
2016.
No hay comentarios.:
Publicar un comentario