jueves, 30 de octubre de 2014

Ademar Bogo fala por mim: Conflitos e confrontos.

Conflitos e confrontos

Os confrontos vindouros voltar­-se-ão contra o governo, não por­que os capitalistas temam prejuí­zos, nem porque tenham algo dife­rente a propor para o país, mas pe­la intolerância de terem que acei­tar por mais um período, o prevale­cimento da vontade dos derrotados do passado
28/10/2014
Por Ademar Bogo
A eleição para presidente da República de 2014, no Brasil, por ter reabilitado setores vingativos e atrasados da direita, emitiu sinais que anunciam a passagem do cená­rio dos conflitos, em que as forças políticas polemizavam em busca de um melhor lugar, para o campo dos confrontos no velho estilo destruti­vo instigando o divisionismo da na­ção.
Os confrontos vindouros voltar­-se-ão contra o governo, não por­que os capitalistas temam prejuí­zos, nem porque tenham algo dife­rente a propor para o país, mas pe­la intolerância de terem que acei­tar por mais um período, o prevale­cimento da vontade dos derrotados do passado, dos nordestinos que ja­mais foram vistos como sujeitos po­líticos, mas que sustentaram com o voto a continuidade do desenvolvi­mentismo proletário.
Tal reação se dá em meio à com­binação de vergonha, preconceito e inveja. Vergonha, porque as for­ças retrogradas descobriram que aquilo que o Partido dos Traba­lhadores fez até aqui nada tem de ameaçador, e que elas, pelas refor­mas burguesas, poderiam ter fei­to; no entanto, jamais perceberam a fórmula simples de fazer a eco­nomia crescer, combinando produ­ção, serviços e ampliação da infra­estrutura. Para tanto, bastava asso­ciar os investimentos públicos com os recursos privados e fazer os pró­prios capitalistas gerarem empre­gos, distribuir renda e assegurar políticas assistenciais lucrativas pa­ra o comércio. Preconceito e inve­ja, porque, ao perceber que o mo­delo desenvolvimentista é de natu­reza capitalista e não se propõe a ir além disso, os setores da classe tra­balhadora subordinada no passado passaram a dar ordens e a contro­lar o poder de nomear funcionários e administrar os negócios lucrati­vos com as riquezas naturais.
Canalizada a reação pela morali­dade burguesa, tendo à frente uma liderança inescrupulosa, as forças atrasadas ganharam a simpatia da classe média despolitizada. Esta de­verá ser alimentada com denún­cias e acusações para que incenti­ve a população a ir às ruas e protes­tar contra o governo. Ou seja, os si­nais apontam que o objetivo agora é desgastar e enfraquecer as forças governistas para interromper-lhe o mandato ou subtrair-lhe a simpa­tia, facilitando a vitória nas eleições de 2018.
Sinais interpretados, resta sa­ber qual será o comportamento das forças de esquerda e dos movimen­tos populares. Na medida em que a direita, embora derrotada, sai for­talecida das eleições, e as forças de esquerda, juntamente com os mo­vimentos populares organizados, subsumidos atrás da vitória do go­verno, diante dos confrontos racis­tas e sionistas vindouros, se opta­rem por defendê-lo, presos a uma proposta reduzida de “reforma po­lítica”, estarão enfraquecendo ain­da mais a capacidade de luta. Ao alimentar esta tática, para saber como será o futuro, basta respon­der a indagação do presente: qual seria a capacidade de reação das esquerdas e dos movimentos popu­lares se os tucanos tivessem ganha­do esta última eleição?
É importante compreender que o reacenso das forças de direita tor­nou-se possível porque elas não fo­ram enfrentadas com veemência pelos trabalhadores neste século. Embora tenhamos visto avanços no campo eleitoral e social, não vimos o mesmo nos campos político, or­ganizativo e intelectual. Se a direita não foi derrotada quando estava re­traída, era lógico que voltaria e não veio só. Ela voltou e busca proteger­-se entre as forças sociais que deve­riam ter sido ganhadas para o pro­jeto popular, o verdadeiro sucessor do governo petista.
Ademar Bogo é filósofo, escritor.

Fonte:http://www.brasildefato.com.br/node/30325

miércoles, 29 de octubre de 2014

O exercício da crítica é necessário.

Tenho insistentemente escrito pequenos textos sobre preocupações com os rumos políticos do nosso país.  Vejo que esse debate  ganha força nos períodos eleitorais, mas deveria ser motivo de muita conversa nas praças, ruas, escolas, clubes e tantos outros espaços cotidianamente. 
Compreendo, mas não me contento com essa restrição. 
Resta-me a paciência histórica e a parte que me cabe na tentativa de contribuir com a elevação do nível de consciência a partir do pouco que tenho buscado entender as tramas das relações socioeconômicas e políticas dessa sociedade nefasta, sem pretensões de estar totalmente correta. 
É um ponto de vista que vem sendo forjado desde as minhas primeiras inquietações nas terras das usinas de cana-de-açúcar por onde morei e atiçado, posteriormente, pela práxis militante em processo.

Nesse sentido, o exercício da crítica é necessário e não posso me furtar dele. 

Incomoda-me como companheiras/os de esquerda  temem o debate sobre a condução política desse país como se não fosse necessário discutir e como se tudo estivesse caminhando bem. 
Sussurram aos "ouvidos amigos":  "cuidado com as críticas, pois podemos estar jogando força  para o outro lado (o da direita). Vamos nos dispersar..."


Eu pergunto então: 

> Será que não aumentamos a força da direita na medida em que não nos permitimos discutir de forma franca e aberta, mas respeitosa os rumos de um governo que se diz da classe trabalhadora, mas que já demonstrou ser um governo de coalizão de classes? 

> Que custa dialogarmos com outras/os camaradas da esquerda as questões que sempre nos incomodaram  e muitas vezes nos uniram na ação como, por exemplo,  a luta contra as privatizações e terceirizações em diversas áreas? 

>Por que não podemos fazer análises críticas entre nós, buscando um caminho unitário de luta? 

>O que de fato tem dispersado a esquerda?


Deixar que sussurrem ao meu ouvido amigo sem me posicionar é um atentado à posição crítica que venho assumindo desde minha adolescência sobre o meu papel social diante das injustiças do mundo sobre os mais pobres. 

Não gosto de passar a mão na cabeça de quem parece não ser justo, nem gosto de colocar o lixo para debaixo do tapete.  Prefiro olhar no olho e  avaliar até que ponto é interessante intervir, no que dá pra avançar e no que é preciso recuar. Além disso,  gosto da assertividade ao invés da passividade.

Desta maneira, não posso aceitar que em nome de uma tática que suponho ter elegido como atuação a defesa de uma "reforma política" como saída para os problemas políticos dos próximos anos, esqueça-se de lutas históricas, por exemplo, pelo acesso universal e gratuito à saúde, condições de trabalho, pela educação e saúde públicas , gratuitas, estatal e de qualidade. 

Mais uma vez pergunto: 

>Somente é possível  prestar assistência a saúde com qualidade nesse país cedendo aos interesses do capital que vibra de alegria com o repasse do dinheiro público  para Organizações Sociais, Fundações Estatais de Direito Privado,  ou Empresa Brasileira de Serviço Hospitalares em detrimento das condições de trabalho dos profissionais da saúde?

>Para se atender às necessidades de assistência médica nos diversos rincões desse país é preciso aliar um programa a EBSHER? 


Questionar ou criticar determinada opção  não significa, por outro lado,  não reconhecer que  importantes  mudanças na condição de miserabilidade do povo brasileiro pobre, bem como nas relações internacionais brasileiras tem se processado.  

O que eu convido as/os camaradas a refletirem é sobre o que está bom que precisa ser continuado e sobre o que está ruim e não deve prosseguir e deve ser mudado.

Colocando-me a disposição dentro das minhas possibilidades de quem hoje está desempregada e que está buscando alguma estabilidade fugindo da precarização extrema do trabalho que é tão comum aos profissionais da saúde  para me juntar ao trabalho de formação política da classe trabalhadora na base em torno de reformas estruturais de que o nosso país necessita. 

Ai quem sabe teremos força para não apenas fazer uma "reforma política", mas também para saber eleger parlamentares que realmente representem o povo e que possam ser pressionados para operacionalizarem legislações que atendam as necessidades prioritária da classe trabalhadora sem ilusões de que as soluções para os nossos problemas, em essência, virão do Estado nos marcos da ordem capitalista.  
Realizando formação e luta com a classe trabalhadora, de preferência no "chão de terra batida", caminharemos  para nossa elevação da consciência a ponto de elegermos pessoas comprometidas com à diversidade sexual e a criminalização da homofobia,  com a legalização  e criminalização do aborto, com as reformas estruturais de que o nosso povo necessita.  Ou abriremos espaço, por exemplo, para mais mulheres ruralistas e fundamentalistas ocuparem as cadeiras do parlamento para manter o status quo da sociedade brasileira. 

Ao contrário de alguns camaradas da esquerda, não afirmo que tudo está ruim e que assim permanecerá. Essa posição me parece tão conformista quanto a dos pessimistas conservadores que sempre ficam torcendo para que tudo dê errado. 

Eu não. Torço para que nosso país seja capaz de superar as mazelas de um histórico de subserviência colonialista aos que querem ser donos do mundo tirando de outros humanos a felicidade de viver livremente sem exploração. 

Mas não torço apenas pelo nosso país, torço por um mundo livre da exploração capitalista.  

martes, 28 de octubre de 2014

Se tenho a poeira como companheira, faço da poeira a minha camarada.



O plantador 

Quanto mais eu ando,
mais vejo Estrada.
Mas se eu não caminho,
não sou é nada.
Se tenho a poeira
como companheira,
faço da poeira
o meu camarada.
Se tenho a poeira
Como companheira,
faço da poeira
o meu camarada.
O dono quer ver
a terra plantada.
Diz de mim que vou
Pela grande estrada:
"Deixem-no morrer,
não lhe deem água,
que ele é preguiçoso
e não planta nada."
Eu que plantei tudo
e não tenho nada,
ouço tudo e calo,
na caminhada.
Deixem que ele diga,
que eu sou preguiçoso,
mas não planto em tempo
que é de queimada.
Deixem que ele diga,
que eu sou preguiçoso,
mas não planto em tempo
que é de queimada.

(Geraldo Vandré)

Sem basismo, estou com o povo que não é bobo!

Reforçando o desabafo- reflexão de Romero Venâncio, socializo uma breve narrativa de um episódio por mim vivenciado num bar de um bairro periférico dessa cidade na noite em que a comemoração pela vitória de Dilma/Ricardo ganhava principalmente as ruas da orla pessoense.
Um homem, com seus aproximados 47 anos, um pouco ébrio e com uma leve deficiência intelectual, baixo, negro, com nome de um santo católico apostólico-romano, com o corpo sujo de suor e de poeira se aproximou e me cumprimentou.
Eu estava com uma camisa vermelha toda cheia de adesivos de Dilma, por isso suponho tê-lo atraído. Começo então a conversar com ele perguntando com o que trabalhava. Ele me respondeu que trabalha com limpeza.


Aí dialogamos um pouco sobre a vitória de Dilma. Os comentários dele me pareciam bem coerentes. E me chamou atenção a frase " Eu votei nela, mas eu quero saber o que ela vai trazer para a Paraíba". E depois completa "o povo não é bobo". Eu retirei um dos adesivos da minha camisa e coloquei na camisa dele. No mesmo momento chega outro homem, pedindo dinheiro, ai ele me alertou " Cuidado com ele: é um esperto". O Homem com nome de santo chega perto do outro e diz " Você é tão jovem. Vá trabalhar! ". O outro sai aborrecido e resmungando.
O Homem com nome de santo resolve conversar com outras pessoas no bar e nos deixa por alguns minutos. Depois ele retorna e me explica: " Voltei. Voltei porque gostei de você." E me pediu para que tirasse o adesivo de Dilma. Eu falei por três vezes seguidas " Mas me explique por que?" A boca que liberou os argumentos tão facilmente alguns minutos atrás se calou. Ele não respondeu a minha pergunta e seguiu retirando o adesivo de Dilma.
Depois apertou minha mão e beijou o meu rosto.
A minha opção de comemorar a vitória de Dilma num bairro periférico ao invés de ir a orla valeu muito à pena.
Sei que não posso generalizar a fala do Homem com nome de santo para analisar a conjuntura política, mas já me lembro de ter ouvido essa expressão ("o povo não é bobo!") várias vezes, de bocas muito parecidas com a do Homem com nome de santo.
Mesmo não sendo religiosa, mas concordando com o sentido de algumas expressões desse cunho, encerro esse comentário com um trecho do versículo 34 de Mateus 12 "a boca fala do que está cheio o coração" (Mateus 12:34)
O "coração" do povo pobre brasileiro anda machucado, mas não desiste. Sabe que precisa sobreviver e quer melhorar de vida.
E o povo pobre por estar com o "coração" machucado, sabe bem que há sempre que desconfiar... 
Vota em Dilma, mas "quer saber o que ela (Dilma) trará para a Paraíba".


Ângela Pereira.



UM DESABAFO OU REFLEXÃO... TANTO FAZ... VAI...


Em 1989 a maioria dos pobres do Nordeste e Norte votou em peso no Collor (vivi e sofri este ano). Lula, candidato dos trabalhadores e ex-lider operário à época perdeu exatamente entre os pobres (ninguém disse nada ou caiu a gritaria de que pobre não sabe votar). Em 1994 mais uma vez os pobres votaram em FHC na onda do plano real (ninguém disse que pobre não sabe votar)... em 1998 mais uma vez FHC (ano símbolo da quebradeira do Brasil e desmonte do setor público brasileiro) e ninguém falou dos pobres que não sabiam votar (até FHC gostou e aplaudiu os rincões que o elegeram)... Estranho, preconceituoso, fascista e elitista é este papo de que os pobres do Norte e Nordeste votaram nesse 26 de outubro de 2014 por “bolsa família” e políticas sociais... De fato... e como não votariam? A necessidade tem falado mais alto entre os pobres em quase todas as eleições desde os anos 80... Por que só agora vem a gritaria? Olhemos as palavras e de onde estão saindo as pérolas do tipo: “ignorantes”, “burros”, “famélicos” ou daquelas senhoras da marcha com Deus e outras merdas dos dias atuais: corrupção, imoralidade, Impeachment (com as fontes da Veja e Globo). Será que precisa dizer de quais estados do Brasil são essa gente que grita assim???? Na verdade a questão é mais funda: um brutal preconceito de classe (histórico desde a montagem da casa grande) e pautado no velho cinismo (ainda de classe, também) dos “bem educados” que tudo sabem... São os 500 anos do cipó de aroeira no lombo de pobres e pretos... Isto é que essa gente não quer que mude... e olhe que Dilma/Lula/PT nem vão mudar nada e nem vão tirar os privilégios dessa gente (nem tenho ilusões)... “Só quero ver quando Zumbi chegar”... Por fim, dedico a essa gente escrota a música de Geraldo Vandré dos anos 60... Me representa!!!!!!!!!!!!!!




lunes, 27 de octubre de 2014

A palavra é Imperialismo e eu gosto de quem se arrisca.

A palavra é Imperialismo.
Eu não duvido da história, nem subestimo o presente. Também não faço chacotas de quem está sempre a desconfiar mesmo que tudo pareça "teoria da conspiração".
Prefiro os que se permitem à dúvida. Duvido de quem SEMPRE tem muita certeza, e fico com quem se permite a virar, revirar, ir e voltar, assumir posição e depois avaliar, podendo estar "certo" ou "errado". EU GOSTO DE QUEM SEMPRE ARRISCA. Porque o outro lado (a burguesia), sempre arrisca e PARALISADOS NÃO PODEMOS CONTINUAR.
Nem preciso ser historiadora para saber que na história recente desse país e da América Latina foram realizadas intervenções diretas imperialistas ianques que conduziram a seguidos processos de ditadura aliados ao avanço do neoliberalismo.
No Brasil, a ditadura explícita (pois segue a ditadura da burguesia) que arruinou a vida de milhares de pessoas acabou há cerca de 50 anos. Cinquenta anos para a história do nosso país é muito pouco. E o imperialismo segue raivoso.
Lembremos dos episódios ainda mais recentes de escutas da CIA denunciadas por Snowden.
Prefiro quem investiga e não se contenta com a aparência, a QUEM TEM CERTEZA DEMAIS.
Por isso, prefiro duvidar, virar, revirar e chegar a uma posição mesmo que depois eu tenha que avaliar e reconhecer que eu me equivoquei.
Como eu disse, EU GOSTO DE QUEM SE ARRISCA.
Abaixo segue um trecho do texto foi publicado em junho de 2013, logo ainda atual sobre as bases americanas que cercam a América latina. E em seguida o texto completo.
"O que há de atual no mundo contemporâneo é o imperialismo. E logicamente, se o imperialismo existe é bom definir conceitualmente do que se trata. Na realidade o que é rigorosamente atual é a existência do imperialismo. Pode-se analisar do ponto de vista teórico – há muitas definições de imperialismo – mas também se pode ver o imperialismo pelas consequências dos atos que realiza. E então não é preciso ir muito longe. O imperialismo é a guerra na Líbia, o imperialismo é a preparação das agressões contra Síria, o imperialismo é a ameaça contra o Irã, o imperialismo é o conflito na península da Coréia, tudo isso é a forma concreta de visualizar que o imperialismo existe e que atua contra os interesses dos povos. Portanto, é sim necessário defini-lo conceitualmente.
Muita gente acreditou que com o fim da guerra fria, com a dissolução da URSS se ingressava numa etapa em que, não havendo inimigo à vista já não havia possibilidade da explosão de uma guerra. Não obstante, a vida demonstrou exatamente o contrário: o imperialismo estadunidense, que é a cabeça de todas as potencias imperialistas, está acendendo conflitos em um monte de regiões, ademais das invasões, intervenções, formas de guerra disfarçada, formas de agressão ideológica e cultural. Tudo isso é o imperialismo. Agora, como pode ser visto pelas pessoas que vivem em nosso continente? Porque aqui, o importante, é que os que lerem essas informações se sinta comprometido a fazer algo."

domingo, 26 de octubre de 2014

Dias melhores virão para além das urnas e longe dos muros.

É bem real, visível e audível o ódio alardeado pelo PSDB e por seus apoiadores.
Na fila da sessão onde voto, tive que ouvir um casal fazendo campanha para Aécio. E mais uma vez, seguindo a tendência expressada por Aécio nos debates, seus apoiadores reproduziram o discurso desrespeitoso e machista.
O homem falou:
"Se Dilma tivesse gêmeos, um deles se chamaria PROUNI e o outro PRONATEC."


Não entrarei aqui em discussão sobre os méritos ou desméritos dos programas. Interessa-me analisar as expressões da representatividade (machismo, racismo, homofobia, por exemplo) de classe de quem defende com afinco a eleição do candidato do PSDB.
A crítica feita aos programas do governo acontece, não à toa, com a apropriação da condição de mulher da presidenta e não pelo conteúdo divergente ou opositor dos programas.
Vejamos, a gravidez é possibilitada pela associação de um gameta feminino e de um gameta masculino. A maternidade, por sua vez, é uma opção socialmente determinada. 
Dilma enquanto mulher, que é sujeita política, já fez a sua opção pela maternidade há trinta e oito anos quanto teve Paula Rousseff, filha única com o ex-deputado, ex-guerrilheiro e advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo. E agora é a PRIMEIRA presidenta desse país, tendo um histórico de vida que expressa seu papel de mulher para além da maternidade com envolvimento com a militância estudantil na luta contra a ditadura militar, economista (pena que de formação Keynesiana) que exerceu cargos técnicos e políticos importantes como o do ministra de Minas e Energia e da Casa Civil.


Nada mais conveniente à classe a que representa os apoiadores de Aécio, seguir conduzindo a mulher Dilma ao papel de mãe, quando a mesma é mais que isso.
Tenho asco dessa classe elitista, conservadora e reacionária que quer manter e aprofundar tudo que há de mais desumano no quesito das opressões entre seres humanos: a exploração e superexploração capitalista, a desigualdade social em essência e em aparência, o patriarcado e a sua ideologia machista e homofóbica e o racismo.
Votei em Dilma e se necessário fosse, em conjuntura semelhante, votaria novamente. Não voltei nela apenas por ser mulher, mas por hoje a mesma ocupar uma posição que pode barrar o retrocesso à política macroeconômica do período mais vil e devastador para a classe trabalhadora  que esse país viveu sobre os mandos do PSDB. 
Sei ainda que a correlação de forças na sociedade e nas alianças feitas para a governança do PT mantém o governo em maus lençóis. E que o processo de deseducação das massas que se processa desde a restrição das opções táticas do PT ao espaço institucional pode continuar caso não se invista numa auto-crítica franca da esquerda e do PT, em especial.


Reafirmo, sobretudo e fielmente, a compreensão de que que assumir uma parte do poder (o governo) não resolverá os problemas reais concretos da classe trabalhadora.
Acredito que vários brasileiras e brasileiros, assim como eu, gostariam de estar votando em alguém com posições mais avançadas e gostaríamos que tivéssemos correlação de forças e um alto nível de consciência (consciência para si) do nosso povo (classe trabalhadora). Mas (in)felizmente, o que temos para hoje nos coloca a condição posta. E é sobre essa realidade concreta que devemos agir.
A polarização aponta as disputas de dois projetos na sociedade brasileira. Isso é claro. Mas essa afirmação precisa ser analisada, considerando uma série de mediações teórico-políticas, que após o dia de hoje, ao meu ver, deveria ser objeto de estudo e intervenção minuciosos da esquerda brasileira.
Que venham os próximos dias, porque a luta segue contra o capitalismo-patriarcal, imperialista e colonizador e sua ideologia liberal/neoliberal, machista, homofóbica e racista.


INSISTENTEMENTE eu acredito e defendo que virão dias melhores!

sábado, 25 de octubre de 2014

Somos nós, a esquerda, que daremos o tom VERMELHO.

A história se repete. A VEJA sempre teve um lado:o lado da burguesia.


Dilma é diferente de Aécio, sem dúvidas. E o PT é diferente do PSDB, mas o PT e toda a esquerda (inclusive a oposição de esquerda) precisam fazer uma autocrítica de sua atuação frente a ofensiva capitalista e ao consequente conservadorismo de quem deixou de fazer formação política e trabalho de base nas comunidades, nos sindicatos, nos movimentos sociais e em outros espaços ou veremos quem de fato ganhará no cotidiano da vida do trabalhador.




Eu digo não ao retrocesso, mas não desejo um "país da classe média".
Quero um país (um mundo) onde de fato a desigualdade social em suas variantes seja superada, porque, em essência, a desigualdade social não foi banida.






Defendo o projeto de saúde da Reforma Sanitária Brasileira ( não o do "SUS possível") e digo NÃO às privatizações e terceirizações na saúde (NÃO às OS's, OSCIP's, FEDP, EBSERH).
Quero que a atenção à saúde da mulher seja integral e que as mulheres sejam mais que mães ( e não " cegonhas"- REDE CEGONHA), tendo o direito de decidir pelo aborto, porque as mulheres da classe trabalhadora estão morrendo ao fazerem os procedimentos sem condições para tal.
Quero que a dívida histórica para com aqueles que compartilham a cor da minha pele seja paga para que tenhamos acesso à educação, à saúde, ao emprego e demais políticas públicas. Mas acredito que nós, povo de pele preta da classe trabalhadora, precisamos de mais que políticas afirmativas.
Quero que o Estado repasse o dinheiro suado das/os trabalhadoras/es destinado ao fundo público para políticas públicas de fato universalizantes, públicas e estatais. E sei que o Estado Social Keynesiano (que é liberal) não resolveu, nem resolverá os problemas da classe trabalhadora em toda a sua radicalidade (Vide o exemplo da Europa).
Por isso continuo acreditando que o Estado representa majoritariamente uma classe (a classe dominante- a classe burguesa) e que, portanto, deve ser suplantado.
Quem jogará o peso dessa disputa a não ser nós militantes da esquerda (populares, socialistas e comunistas)?
Como vimos e sabemos, o outro lado já tem sua força e seus instrumentos, nós temos perdido força consideravelmente com a ofensiva capitalista neoliberal desde os governos Collor de Mello e FHC e com os "respingos"(?) ( aqui é onde estão as maiores divergências) no governo Lula e Dilma.

Nesses governos tem se dado um processo de fragilização da classe trabalhadora sem tamanho, expressos na flexibilização e consequente precarização das condições e relações de trabalho sejam elas no setor privado ou público.
Permanece atravancando os caminhos a lei de Responsabilidade Fiscal e o condicionamento de investimentos nas folhas salariais dos trabalhadores. Segue a prevalência de concursos públicos por meio de CLT em detrimento do Regime Jurídico Único/ Estatutário ( derrotado no governo de FHC) e não se avança por exemplo, com o Plano de Cargo de Carreira dos trabalhadores da saúde. Segue o repasse de dinheiro público para entidades de interesse privado como as OS's, Oscips,FEDP e EBSHER.
Nas universidades públicas, com o REUNI, mesmo com a importante entrada de estudantes da classe trabalhadora, segue a precarização do trabalho docente e das condições de ensino, pesquisa e extensão, sendo os professores massacrados com cargas horárias extensas e interferindo nas condições de ensino-aprendizagem.

Mas podemos fazer uma opção: A) Ou Continuaremos nos chamando de governistas ou nos alcunhando de esquerdistas, numa luta fraticida b) Ou entenderemos que a unidade é necessária, com os devidos respeitos às divergências e a compreensão de até onde se pode andar junto e por isso, no mínimo é preciso ter diálogo.
Eu prefiro a opção B. E tenho posição.
Vou com Dilma para não retroceder.

Sigo apostando na força dos que vem de baixo que podem estar superando as suas necessidades primeiras, vindas do estômago, para poderem pensar, trabalhar...
SE vão pensar como classe média ( setor médio= pequena burguesia) ou como classe trabalhadora, nós -a esquerda organizada e não apenas o PT- é que daremos o tom.
Eu prefiro o tom vermelho que é o mesmo tom do sangue daquelas/es que já perderam a vida em luta pela liberdade socialista/feminista. 

É o mesmo tom da REVOLUÇÃO SOCIALISTA, SEM ETAPISMOS, SEM ILUSÕES AUTO-IMPOSTAS, SEM PERDER A BASE, porque a CABEÇA PENSA ONDE OS PÉS PISAM.

No dia 26, compartilharei do tom vermelho de Dilma, que pode ficar cada vez mais vermelho se nós (classe trabalhadora/esquerda) quisermos e nos movimentarmos para tal.
Ou o vermelho ficará cada vez mais desbotado. Daí repito: somos nós, a esquerda, que daremos o tom
.

domingo, 19 de octubre de 2014

Como as nossas mães e os nossos pais... Mas é preciso força!

Ontem duas músicas me acompanharam durante o dia todo:  "Como os nossos pais" e "Maria Maria" ambas na voz de Elis Regina. 
A primeira faz menção aos tempos que as flores cantadas numa música não necessariamente eram flores, mas uma substituição de palavras para burlar a censura da ditadura militar. A segunda me faz lembrar e afirmar a força que temos, nós mulheres da classe trabalhadora, para virar o jogo. 

Ainda sinto cheiro da nova estação!




Com elas, lembrei-me de como a história se repete, mesmo em proporções diferentes e com peculiaridades. Hoje como quando era com as nossas mães e com os nossos pais, a história se repete como farsa, parafraseando Marx " A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa". 

A constatação de que acontecimentos da história  tendem a si repetir, nesse caso me refiro a conjuntura político-eleitoral com os apoios da mídia burguesa ao candidato de sua classe, Aécio Neves, bem como com as agressões sofridas por quem quer se expressar sem ter sua voz coagida pela polícia, denota como nós mulheres precisamos continuar sendo fortes porque somos parte importante da luta pela superação do sistema capitalista patriarcal. 

A luta de classes, tema trabalhado por Marx, por exemplo, em " O 18 brumário de Louis Bonaparte", salta aos olhos vistos.  Os adesivos nas portas das casas, nos automóveis e nas roupas expressam não apenas uma posição eleitoral, mas a posição e aspirações de classe de cada um/a.  Logo adesivos da candidatura de Aécio Neves apregoadas em celulares e casas de policiais ou  adesivos de Dilma em carros de catadores de papelão não representam mera posição eleitoral. Representam, em aparência, as decisões, posições e aspirações de classe da população brasileira.  Há mediações a serem feitas nessa afirmação, entretanto,  mas de forma geral pode-se compreender desta forma. 

Até as mobilizações nas universidades públicas estão sendo coagidas em nome de um Estado de Direito, que sabemos tem uma posição de classe, como aconteceu na semana passada na UFPB.  ( vide nota das entidades representativas dos professores,  técnicos administrativos e estudantes no endereço eletrônico  http://www.adufpb.org.br/site/nota-oficial-em-defesa-dos-direitos-a-liberdade-de-expressao-da-autonomia-universitaria-e-contra-a-repressao-na-ufpb/)

Outra constatação em relação a conformação das forças políticas no congresso brasileiro após o 1º turno das e eleições ( vide texto "Mais fisiológico, mais conservador"  disponpivel em http://www.asmetro.org.br/portal/gestao/21-clipping/4621-revista-carta-capital-mais-fisiologico-mais-conservador-a-estacao-uruguai),  pede um processo de reflexão-ação  das organizações da classe trabalhadora quanto à sua atuação. 

Nesse quesito, estamos (a esquerda) com sérios problemas a serem analisados e trabalhados em busca da construção de uma correlação de forças que nos dê condições de virar o jogo.

De algumas reflexões que venho fazendo, e da análise de outras leituras, penso que desafios importantes já discutidos em outros espaços estão mais que atuais. 
> Ou a esquerda partidária, sindical e dos movimentos sociais fazem uma autocrítica franca de sua forma de intervenção, voltando-se para as bases ou o cenário vai piorar consideravelmente.  É preciso conquistar companheiras na universidade, mas sair dela e colocar os pés nos chão das comunidades, trabalhando numa perspectiva de educação popular feminista. Aqui me refiro ao movimento feminista.
> Restringir-se aos espaços institucionais, enquanto espaço da política é ao meu ver seguir dando tiros nos pés de quem já está cambaleante... É preciso atuar nele, mas a prioridade precisa ser a elevação da consciência das pessoas para se organizarem nas ruas;
>Enquanto se continuar olhando pros umbigos de cada organização e não se colocar os pés no solo das comunidades  desse país como hoje as igrejas pentecostais , principalmente, vem fazendo diuturnamente será difícil revertermos esse quadro.  
Tem-se visto nas comunidades o crescimento frenético de igrejas evangélicas.  Além de todo trabalho de pregação nas ruas em cultos em calçadas. Essa perspectiva de religião surge juntamente com a revolução industrial baseado na filosofia da acumulação capitalista, logo é uma "saída" fácil para aliviar os pesos do cotidiano da classe trabalhadora, mas em contrapartida aprisiona a consciência desta aos valores conservadores capitalistas.  Funcionam, portanto, então enquanto partido da burguesia, assim como faz a mídia burguesa. 
>Construir instrumentos feministas de comunicação alternativa: Rádios comunitárias feministas ou se incorporar com rádios comunitárias  já existentes com participações; investir em folhetins com linguagem acessível. Para as mulheres mais instruídas investir nos blogs como alternativa para furar a grande mídia.  E seguir utilizando o facebook, mas atentar com cautela para exposições desnecessárias. 
A nossa luta é longa, precisamos estar fortes, seguras e unidas para somar as forças das mulheres da classe trabalhadora.
"Não há de ser inutilmente" 

viernes, 10 de octubre de 2014

Para sublimar as intempéries. Palavras emprestadas de Eduardo Galeano.

Em tempos de coisas presas nas "goelas" e respostas insuficientes, somente poesia, música, esperança e resiliência para seguir acreditando em dias melhores. 
Peço ajuda ao companheiro Eduardo Galeano:





“Ainda que não possamos adivinhar o futuro, sim, temos ao menos o direito de imaginar como queremos que seja. Em 1948 e em 1976, as Nações Unidas proclamaram extensas listas de direitos humanos; mas a imensa maioria da humanidade não tem mais do que o direito de ver, ouvir e calar. Que tal se começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar? Que tal se delirarmos, um pouquinho? Vamos a fixar os olhos mais além da infâmia, para adivinhar outro mundo possível.
- O ar das ruas limpo de todo o veneno que não venha dos medos e das paixões humanas;
- Os carros sendo esmagados pelos cães;
- As pessoas não mais dirigidas pelos carros, nem programadas pelo computador, nem compradas por supermercados, nem também assistidas pela TV;
- A TV deixará de ser o membro mais importante da família e será tratada como um ferro de passar ou máquina de lavar roupa;
- Será incorporado aos códigos penais o crime de estupidez para aqueles que cometem: viver para ter ou para ganhar ao invés de viver para viver simplesmente, assim como canta o pássaro sem saber que canta e como brinca a criança sem saber que brinca;
- Os historiadores não mais acreditarão que os países gostam de ser invadidos;
- Os políticos que os pobres adoram comer promessas;
- Ninguém viverá para trabalhar, mas todos trabalharão para viver;
- Os economistas não chamarão mais o nível de vida de nível de consumo e nem chamarão de qualidade de vida a quantidade de coisas acumuladas;
- Os cozinheiros não mais acreditarão que as lagostas amam ser fervidas vivas;
- A morte e o dinheiro perderão seus poderes mágicos e nem por falecimento e nem por fortuna um canalha se tornará um virtuoso cavalheiro;
- Ninguém levará a sério alguém que não seja capaz de tirar sarro de si mesmo;
- O mundo não estará em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza e a indústria militar não terá escolha a não ser declarar falência;
- Nenhum país irá prender os rapazes que se recusarem a cumprir o serviço militar, mas aqueles que quiserem podem servi-lo;
- A comida não será uma mercadoria nem a comunicação um negócio porque a comida e a comunicação são direitos humanos;
- Ninguém morrerá de fome;
- As crianças de rua não serão mais tratadas como lixo, porque não haverá mais crianças de rua, as crianças ricas não serão tratadas como se fossem dinheiro, porque não haverá mais crianças ricas;
- A educação não será privilégio daqueles que podem pagá-la;
- A polícia não será a maldição de quem não possa comprá-la;
- A justiça e a liberdade, irmãs siamesas condenadas a viver separadas, serão novamente juntas de volta, bem grudadinhas, costas com costas;
- Na Argentina, as “Loucas de la Plaza de Mayo” serão um exemplo de saúde mental porque elas se negaram a esquecer nos tempos de amnésia obrigatória;
- A Santa Madre Igreja corrigirá algumas erratas das tábuas de Moisés, e o sexto mandamento mandará festejar o corpo, a igreja também ditará outro mandamento que Deus havia esquecido: “amaras a natureza da qual fazes parte”;
- Serão reflorestados os desertos do mundo e os desertos da alma;
- Os desesperados serão esperados e os perdidos serão encontrados, porque eles se desesperaram de tanto esperar e se perderam de tanto procurar;
- Seremos compatriotas e contemporâneos de todos os tenham vontade de beleza e vontade de justiça, tenham nascido onde tenham nascido e tenham vivido quando tenham vivido, sem se importarem nem um pouquinho com as fronteiras do mapa e ou do tempo,
- Seremos imperfeitos porque a perfeição continuará sendo um chato privilégio dos Deuses;
- Neste mundo trapalhão, seremos capazes de viver cada dia como se fosse o primeiro e cada noite como se fosse a última.”
Eduardo Galeano

Não dá pra ficar em cima do muro! "Privatizações: a distopia do Capital" de Sílvio Tendler.

Pessoal, bom dia.

Em tempos de definições políticas para os rumos do país nos próximos quatro anos, um documentário recém- lançado de Sílvio Tendler, intitulado Privatizações: a distopia do Capital vem a calhar para ajudar nas definições. 

Não dá pra ficar em cima do muro! 

Depois é seguir ocupando ruas, praças, meios de comunicação alternativos, fazendo os enfrentamentos nas lutas necessárias.



( Matéria televisiva sobre o filme)

Abaixo segue descrição do filme encontrado no link: 

https://www.youtube.com/watch?v=A8As8mFaRGU



O novo filme de Silvio Tendler ilumina e esclarece a lógica da política em tempos marcados pelo crescente desmonte do Estado brasileiro. A visão do Estado mínimo; a venda de ativos públicos ao setor privado; o ônus decorrente das políticas de desestatização traduzidos em fatos e imagens que emocionam e se constituem em uma verdadeira aula sobre a história recente do Brasil. Assim é Privatizações: a Distopia do Capital. Realização do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) e da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), com o apoio da CUT Nacional, o filme traz a assinatura da produtora Caliban e a força da filmografia de um dos mais respeitados nomes do cinema brasileiro.

Em 56 minutos de projeção, intelectuais, políticos, técnicos e educadores traçam, desde a era Vargas, o percurso de sentimentos e momentos dramáticos da vida nacional. A perspectiva da produtora e dos realizadores é promover o debate em todas as regiões do país como forma de avançar “na construção da consciência política e denunciar as verdades que se escondem por trás dos discursos hegemônicos”, afirma Silvio Tendler.

Vale registrar, ainda, o fato dos patrocinadores deste trabalho, fruto de ampla pesquisa, serem as entidades de classe dos engenheiros. Movido pelo permanente combate à perda da soberania em espaços estratégicos da economia, o movimento sindical tem a clareza de que “o processo de privatizações da década de 90 é a negação das premissas do projeto de desenvolvimento que sempre defendemos”.
 
Bom filme e vamos ajudar a divulgar!

Ângela.