viernes, 3 de octubre de 2014

"Para as que virão" (...) "Amar não é aceitar tudo"




(Adaptação da poesia " Para os que virão" de  Thiago de Mello)

Como sei pouco, e sou pouco, 
Faço o pouco que me cabe
Me dando inteira.
sabendo que não vou ver
a mulher que eu quero ser.

Já sofri o suficiente
para não enganar a ninguém:
principalmente aos que sofrem
na própria vida, a garra 
da opressão, e nem sabem.

Não, não tenho o sol escondido
No meu bolso de palavras.
Sou simplesmente uma mulher 
para quem já a primeira
e desolada pessoa
do singular-foi deixando, 
devagar , sofridamente, 
de ser, para transformar-se
-muito mais sofridamente_
Na primeira e profunda pessoa
do plural.

Não importa que doa: é tempo 
de avançar de mão dada
com quem vai no mesmo rumo, 
mesmo que longe ainda esteja de aprender a conjugar 
o verbo amar.

É tempo sobretudo de deixar de ser apenas 
a solitária vanguarda de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro. 
( Dura no peito, arde a límpida
verdade de nossos erros.)
Se trata de abrir rumo.

As que virão, serão povo, 
e saber serão lutando. 






MAS TAMBÉM....


Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor.
Vladimir Maiakóvski. 


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