sábado, 25 de octubre de 2014

Somos nós, a esquerda, que daremos o tom VERMELHO.

A história se repete. A VEJA sempre teve um lado:o lado da burguesia.


Dilma é diferente de Aécio, sem dúvidas. E o PT é diferente do PSDB, mas o PT e toda a esquerda (inclusive a oposição de esquerda) precisam fazer uma autocrítica de sua atuação frente a ofensiva capitalista e ao consequente conservadorismo de quem deixou de fazer formação política e trabalho de base nas comunidades, nos sindicatos, nos movimentos sociais e em outros espaços ou veremos quem de fato ganhará no cotidiano da vida do trabalhador.




Eu digo não ao retrocesso, mas não desejo um "país da classe média".
Quero um país (um mundo) onde de fato a desigualdade social em suas variantes seja superada, porque, em essência, a desigualdade social não foi banida.






Defendo o projeto de saúde da Reforma Sanitária Brasileira ( não o do "SUS possível") e digo NÃO às privatizações e terceirizações na saúde (NÃO às OS's, OSCIP's, FEDP, EBSERH).
Quero que a atenção à saúde da mulher seja integral e que as mulheres sejam mais que mães ( e não " cegonhas"- REDE CEGONHA), tendo o direito de decidir pelo aborto, porque as mulheres da classe trabalhadora estão morrendo ao fazerem os procedimentos sem condições para tal.
Quero que a dívida histórica para com aqueles que compartilham a cor da minha pele seja paga para que tenhamos acesso à educação, à saúde, ao emprego e demais políticas públicas. Mas acredito que nós, povo de pele preta da classe trabalhadora, precisamos de mais que políticas afirmativas.
Quero que o Estado repasse o dinheiro suado das/os trabalhadoras/es destinado ao fundo público para políticas públicas de fato universalizantes, públicas e estatais. E sei que o Estado Social Keynesiano (que é liberal) não resolveu, nem resolverá os problemas da classe trabalhadora em toda a sua radicalidade (Vide o exemplo da Europa).
Por isso continuo acreditando que o Estado representa majoritariamente uma classe (a classe dominante- a classe burguesa) e que, portanto, deve ser suplantado.
Quem jogará o peso dessa disputa a não ser nós militantes da esquerda (populares, socialistas e comunistas)?
Como vimos e sabemos, o outro lado já tem sua força e seus instrumentos, nós temos perdido força consideravelmente com a ofensiva capitalista neoliberal desde os governos Collor de Mello e FHC e com os "respingos"(?) ( aqui é onde estão as maiores divergências) no governo Lula e Dilma.

Nesses governos tem se dado um processo de fragilização da classe trabalhadora sem tamanho, expressos na flexibilização e consequente precarização das condições e relações de trabalho sejam elas no setor privado ou público.
Permanece atravancando os caminhos a lei de Responsabilidade Fiscal e o condicionamento de investimentos nas folhas salariais dos trabalhadores. Segue a prevalência de concursos públicos por meio de CLT em detrimento do Regime Jurídico Único/ Estatutário ( derrotado no governo de FHC) e não se avança por exemplo, com o Plano de Cargo de Carreira dos trabalhadores da saúde. Segue o repasse de dinheiro público para entidades de interesse privado como as OS's, Oscips,FEDP e EBSHER.
Nas universidades públicas, com o REUNI, mesmo com a importante entrada de estudantes da classe trabalhadora, segue a precarização do trabalho docente e das condições de ensino, pesquisa e extensão, sendo os professores massacrados com cargas horárias extensas e interferindo nas condições de ensino-aprendizagem.

Mas podemos fazer uma opção: A) Ou Continuaremos nos chamando de governistas ou nos alcunhando de esquerdistas, numa luta fraticida b) Ou entenderemos que a unidade é necessária, com os devidos respeitos às divergências e a compreensão de até onde se pode andar junto e por isso, no mínimo é preciso ter diálogo.
Eu prefiro a opção B. E tenho posição.
Vou com Dilma para não retroceder.

Sigo apostando na força dos que vem de baixo que podem estar superando as suas necessidades primeiras, vindas do estômago, para poderem pensar, trabalhar...
SE vão pensar como classe média ( setor médio= pequena burguesia) ou como classe trabalhadora, nós -a esquerda organizada e não apenas o PT- é que daremos o tom.
Eu prefiro o tom vermelho que é o mesmo tom do sangue daquelas/es que já perderam a vida em luta pela liberdade socialista/feminista. 

É o mesmo tom da REVOLUÇÃO SOCIALISTA, SEM ETAPISMOS, SEM ILUSÕES AUTO-IMPOSTAS, SEM PERDER A BASE, porque a CABEÇA PENSA ONDE OS PÉS PISAM.

No dia 26, compartilharei do tom vermelho de Dilma, que pode ficar cada vez mais vermelho se nós (classe trabalhadora/esquerda) quisermos e nos movimentarmos para tal.
Ou o vermelho ficará cada vez mais desbotado. Daí repito: somos nós, a esquerda, que daremos o tom
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