viernes, 18 de diciembre de 2009

Homem sub-mar

Do meu lado dorme um corpo

Parece morto


Mas NÃO! Transpira o cansaço da noite anterior

Em que caçava o que comer

Em que circulava na indiferença

Em que soluçava o choro retido


Se ainda fosse de prazer

Que esse homem transpirasse

Se assim fosse diminuiria a minha dor


Mas a realidade já nada me esconde.

Nem a bela aparência do mar

Me faz esquecer da essência

Que faz o homem do mar

Só receber excrecência.


Ângela Pereira.

Praia do Cabo Branco- João Pessoa

17 de dezembro de 2009.

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