sábado, 22 de enero de 2011

Ser poeta.

É flutuar entre o mundo real
E o das ilusões

É catucar o ferimento
E oferecer o tormento.

É debulhar o encantamento
Que a vida traz por dentro.

É parecer rídulo ao expor o sentimento
E relevar o desleixo de quem não tem sentimento.

É ter vida finda
E vida infinita.

É viver o indivíduo
E transcender o coletivo.

É se doar sem querer receber
E receber sem querer se doar.

É dia de sol
E noite de chuva.

É praia
E submarino.

É um dia vida
E o outro morte.

É ter incerteza das certezas
E ter clareza na escuridão.

É ter ao menos alegria de espalhar poesia
Para o sim e para o não!


Ângela Pereira.
22 de janeiro de 2011.

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