martes, 4 de enero de 2011

SEJAMOS.


Sejamos como o rio que,

Quando ofendido

Desrespeita as margens e se insurge

Interrompendo estradas e engolindo pontes.

Sejamos como o frio que,

Quando aborrecido

Desce dos picos para fazer tremer

Os corajosos da poluição

Que ordenam máquinas;

Ofendem homens e mulheres

E invertem o segredo da paixão.

Sejamos como a terra

Que esconde terremotos e vulcões

Para usá-los inesperadamente

Mas, sejamos como gente!

Afáveis como o rio

Aconhegantes igual ao frio

Fértéis e solidários como a terra

Que decompõe e recompõe.

Formandoo berço das sementes

Sejamos: coração e reação.

Amáveis e insurportáveis

Pacientes e desobedientes

Sejamos: classe e colméia

Aliados e inimigos

Artistas e platéia

Afeto e castigo

No particular, sejamos eu!

No universal, sejamos nós!

Nos contratemos sejamos vós!


Ademar Bogo.


No hay comentarios.:

Publicar un comentario