Sejamos como o rio que,
Quando ofendido
Desrespeita as margens e se insurge
Interrompendo estradas e engolindo pontes.
Sejamos como o frio que,
Quando aborrecido
Desce dos picos para fazer tremer
Os corajosos da poluição
Que ordenam máquinas;
Ofendem homens e mulheres
E invertem o segredo da paixão.
Sejamos como a terra
Que esconde terremotos e vulcões
Para usá-los inesperadamente
Mas, sejamos como gente!
Afáveis como o rio
Aconhegantes igual ao frio
Fértéis e solidários como a terra
Que decompõe e recompõe.
Formandoo berço das sementes
Sejamos: coração e reação.
Amáveis e insurportáveis
Pacientes e desobedientes
Sejamos: classe e colméia
Aliados e inimigos
Artistas e platéia
Afeto e castigo
No particular, sejamos eu!
No universal, sejamos nós!
Nos contratemos sejamos vós!
Ademar Bogo.
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