miércoles, 17 de septiembre de 2014

Dissertação defendida!

 Depois de tanto tempo cheios de conflitos diversos do meu momento, finalmente defendi a minha dissertação de mestrado. 



Defino esse momento como  um divisor de águas em minha vida, fazendo parte de um processo de renascimento daquilo que sou em essência- uma lutadora da classe trabalhadora, porque não me entrego e dá luta não me retiro! 


( Banca: Maria Augusta Tavares (Guga)- examinadora, Cláudia Gomes- orientadora e Patrícia Barreto - examinadora)




                                                                                                                DEDICATÓRIA

Dedico esse estudo àquelas lutadoras e àqueles lutadores que cotidianamente tentam amenizar o adoecimento e o sofrimento da força de trabalho que move a engrenagem do mundo capitalista e que, não sem dor, também a movimentam, resistindo bravamente.



AGRADECIMENTOS
Gratidão:
Às/aos trabalhadoras/es das Unidades de Saúde da Família Integradas Nova Esperança e Nova União, representando as/os demais trabalhadoras/es da Estratégia de Saúde da Família em João Pessoa, com as/os quais apreendi, na realidade concreta, os dissabores e as alegrias da prática assistencial repleta de contradições e esperanças.

Às/aos trabalhadoras/es  e às/aos usuárias/os da Coordenadoria de Atendimento a Pessoa com Deficiência Física (CODAFI) na Fundação Centro Integrado de Apoio  ao Portador de Deficiência (FUNAD) por manterem viva minha consciência de classe no tempo de afastamento da militância política.

À minha fortaleza, minha valiosa família, com os quais aprendi os valores mais sublimes da minha origem de classe_ a solidariedade, a honestidade, a generosidade, a integridade e a humildade:

A minha amada mãe, Cláudia, que, incondicionalmente, dedicou dias e noites, por horas a fio, aos cuidados e ao trabalho doméstico, em detrimento de sua independência financeira para criar três filhas com muito amor e abnegação. De você, inspira-me a energia vital, a alegria e a resiliência. Nakupenda!

A meu amado pai, Edinaldo, que suportou as agruras do mundo do trabalho, afirmando sua resistência à exploração e a opressão, na medida em que corajosamente enfrentava as gerências das Usinas de cana-de-açúcar onde trabalhou, para sustentar três filhas e a companheira com muito amor e dignidade. De você, inspira-me a determinação, a coragem e a persistência porque “a vida precisa seguir”! Eu te amo!

A minha amada irmã, Anamércia, de cuja companhia e carinho compartilho desde os meus primeiros dias de vida. De você, inspira-me a sutileza, a meiguice e a persistência. ¡Viva a la vida!

A minha amada irmã, Aldineide, minha relação de “amor em guerra e em paz” em busca de sua identidade. De você, inspira-me a sagacidade, o senso de humor e a criatividade. Viva a gaiatice!

A minha amiga-companheira-irmã de “exílio em mim mesma” e de militância feminista, popular e socialista, Tita, pela cumplicidade, pelo apoio, pelas descobertas intelectuais e existenciais compartilhadas desde a seleção do mestrado. Força e coragem!

A minha amiga- companheira–irmã, Isabelle, exemplo de desprendimento material, de energia vital e muita leveza, pelo elo mantido apesar das distâncias temporais. ¡ Fuerza!

Às minhas outras inspirações sobre “ser mulher”, minhas companheiras da Marcha Mundial das Mulheres, Veinha, Patrícia, Heloísa, Ana Laura e Socorro. Seguiremos em Marcha até que todas sejamos livres!

Ao camarada Assuero Lima, que despretensiosamente trouxe companheirismo, afeto, apoio, alegria e leveza aos intensos dias de solitude. Deixa o sol entrar!

Às/aos companheiras/os da Consulta Popular, o sujeito coletivo que afirmou em mim desejos da Revolução Brasileira de caráter internacionalista, socialista e feminista.

A Professora Vera Amaral (Verinha) In Memoriam, companheira de militância no Fórum Paraibano em Defesa do SUS e contra as Privatizações que me incentivou a discutir o tema antes por ela tão bem estudado em sua tese de doutorado. A luta continua!

As/aos colegas de turma no mestrado que, em sua diversidade ideológica, ensinaram-me a buscar compreender aspectos do mundo e das suas contradições a partir de algumas elaborações do Serviço Social.

À companheira de apoio matricial nas USF Nova União, Mércia, pelos abraços nas horas de desestabilização e de tranquilidade, pela cumplicidade e pelo respeito no trato com as/os trabalhadoras/es mesmo na condição temporária de gestão.

Às companheiras Luciana Cantalice, Nívia Pereira, Isabel Dantas e ao companheiro Marcelo Sitcovsky que colaboraram com os nossos encontros preparatórios para a seleção do Mestrado. E aos docentes da pós-graduação.

À companheira Cláudia Gomes, minha orientadora, que acreditou na concretização desse trabalho, apesar dos caminhos tortuosos, estimulando-me e exigindo-me o rigor na difícil tarefa de me tornar pesquisadora desde os estudos da Economia Política da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) e Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Às professoras Maria Augusta Tavares, inspiração como pesquisadora disposta a desvelar às contradições entre o capital e o trabalho para alimentar às resistências e as lutas das/os trabalhadoras/es e Patrícia Barreto Cavalcanti, companheira de trincheiras teóricas no campo da saúde, por aceitarem compor minha banca. Gratidão, antecipada, pelas contribuições sobre o fazer do pesquisador.  

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo repasse de financiamento em forma de bolsa, via fundo público, advindo das contribuições da sociedade brasileira para a elaboração de conhecimento com relevância social.





O capital não tem a menor consideração pela duração da vida ou da saúde do trabalhador, a não ser quando a sociedade o força a respeitá-la.
Karl Marx


A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional.
Carlos Drummond de Andrade.


PEREIRA, A.M. DESCONFIANDO DO TRIVIAL E DA APARÊNCIA SINGELA: tendências da flexiblização e da precarização do trabalho na Estratégia de Saúde da Família em João Pessoa. João Pessoa, 2014. Dissertação (Mestrado em Serviço Social), 171 fl. UFPB/PPGSS/CCHLA.

RESUMO

O estudo tem como objetivo analisar as condições e as relações de trabalho na Estratégia de Saúde da Família (ESF) em João Pessoa, considerando os rebatimentos das mudanças no mundo do trabalho, decorrentes do processo de reestruturação produtiva e da contrarreforma neoliberal do estado brasileiro, bem como as repercussões destas sobre as políticas sociais e a vida dos trabalhadores. Para isso, buscará identificar e compreender elementos das racionalidades produtivas e político-econômicas estabelecidas por esses fenômenos numa conjuntura de crise capitalista sobre o setor de saúde pública, e, em especial, na Estratégia de Saúde da Família. O objeto de estudo que se apresenta são as expressões da flexibilização e da precarização do trabalho na ESF em João Pessoa (PB). A delimitação do objeto sucede do acúmulo obtido em pesquisa realizada como trabalho de conclusão de curso de Especialização em Economia e Desenvolvimento Agrário da Universidade Federal do Espirito Santo (UFES) e da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF). O interesse em pesquisá-lo surgiu, primariamente, da nossa experiência enquanto prestadora de serviço no Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), a partir da qual se pressupôs a existência de flexibilização e precarização do trabalho na ESF nesse município. A pesquisa se caracteriza por um estudo exploratório de caráter bibliográfico e documental e de abordagem quali-quantitativa, que se dará a partir da análise de dados secundários, extraídos de estudos empíricos sobre a temática, bem como de documentos da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) neste município e dados de sites oficiais. A perspectiva crítica perpassa o desenvolvimento da pesquisa por se entender que tal possibilita a análise da totalidade da problemática em sua realidade concreta. O estudo apontou elementos que justificam as tendências de flexibilização e precarização do trabalho neste setor, colocando o desafio àqueles que materializam o trabalho, a entenderem, aprofundarem o estudo, organizarem-se e agirem sobre a realidade de modo a modificá-la.

Palavras-chave: Flexibilização, precarização do Trabalho, Estratégia de Saúde da Família.



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