lunes, 12 de abril de 2010

Indiferença


Quando não há pele

E...

Te rasgam a couraça

Como casca de árvore em extinção,

É tão sórdida a dor.

É tão indiferente...

Dor deixa de ser dor...

Dor é expressão de práxis

Do que não fazer.


Quando não há desejo...

Os membros ficam frágeis...

Impressões se desfazem...

Tentativas são incapazes...

De desfazer o rumor

Tamanha a superficialidade

Do corpo em bel-prazer


Quando não há pele

SENSIBILIDADE!

Não há corpo

Não há resposta

Nem êxtase!


Quando não há êxtase...

Nem se tem


História para contar.


Ângela Pereira.

12 de abril de 2010.

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