viernes, 1 de enero de 2010

A militância se torna cada vez mais séria e necessária!

Mais um ano se passou...

Entre mortos e feridos vamos resistindo...

Alimentando-nos com a mística revolucionária socialista...

E se indignando com a dor da/o companheira/o de classe.

Indignando-se com a destruição do planeta,

Da natureza e do próprio ser humano por ele mesmo.


A capacidade humana de autodestruir-se não é mais novidade.

Mesmo que queiram nos vendar, o planeta reclama...

Sentimos muito mais calor ou muito mais frio...

Chovem pedras de gelo ou neva demais...

Ou nas ruas, as calçadas estão cheias de pessoas que dormem ao relento,

De grande número de desempregados e de trabalhadores informais,

De crianças pedintes, de jovens e mulheres exploradas...


Muitos lutadores e lutadoras foram criminalizados

Por quererem uma sociedade justa...

Muitos morreram...

Muitos ainda continuam debaixo de lonas...

Em cortiços... Abaixo de viadutos.

Mas continuamos firmes e fortes

Alimentados pela certeza de que esse sistema

Não nos serve e de que é preciso destruí-lo.


Muitos, todavia, fraquejaram...

Trocaram de lado...

Substituíram o discurso radical,

Vinculado às necessidades reais da classe trabalhadora

Ao discurso fácil do possível!

Da pseudodemocracia.

O dinheiro, fetiche do capital, falou mais alto!

E gerindo a crise, numa confortável posição, continuarão...


A burguesia ri em mesas fartas

À custa do suor da classe trabalhadora...

A burguesia é cada vez mais cínica...

Encoberta a postura carrasca,

Com falsos discursos de responsabilidade social,

Desenvolvimento sustentável,

De cidadania...

O inimigo está difuso e com várias caras,

Mas todos vestem terno e gravata com o linho da exploração.


Os alimentos estão doentes com uso de agrotóxicos.

As sementes que trazem vida, já nascem mortas com os transgênicos.

Têm alimentos, mas onde estão?

Tem terra pra plantar, mas estas permanecem

Nas mãos de latifundiários e de grandes transnacionais.


Água e energia continuam sendo mercadorias.

Os altos preços da energia são covardia!

Há tempos, mercantilizaram a cultura,

E, como indústria cultural,

Usam-na pra alienar as massas.


As mulheres sustentam grande peso desse sistema,

Na reprodução social dele à mulher

Cabe o papel de procriar, limpar, lavar, passar

E dispor o corpo dela para ao patriarcal prazer dar.

Não tem direito a decidir pelo aborto

E sofrem violências profundas que marcam a alma!


O amor também é mercadoria,

“perdeu” a essência e na aparência,

É limitado e superficial.

A propriedade privada dita as relações.


Do lado de cá, quanto mais se explora a classe trabalhadora,

Mas é imperativo não fraquejar

E a luta continuar!


É pelos sorrisos de quem tem força criativa.

Pela capacidade de amar adormecida

Na dureza dos corpos cansados.


É pelo desejo de sentir os prazeres

Mais sinceros e carregados de solidariedade.


É pelo desejo do trabalho criativo

O tempo da arte ativo.


É pelo comum aos comuns

É pelo socialismo

É pelo comunismo

Que a militância se torna cada vez mais séria e necessária!


Ângela Pereira

Consulta Popular na Paraíba.

1º de dezembro de 2010.

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