lunes, 11 de enero de 2010

Meu corpo

O meu corpo não é apenas barreira forte

Grande barreira que assusta os baixos...

Que desafia os altos.

Que subestima os medianos...


O meu corpo é barreira cheia de frestas...

Por onde sinto o mundo

Por onde circula a brisa...

Por onde corre sangue...

De onde exalam perfumes...

De onde fluem gestos parcos...

De onde saltam palavras...

Sentidas e (Res)sentidas


O meu corpo

Pode ser opaco...

Ou translúcido!

Depende de quem o ver!


O meu corpo tem fala própria!

Só não percebe quem não quer ver!


Os insensíveis que dele só esperam voz...

Jamais entenderão a dona dele...

Não pela suposta mudez...

Mas pela pouca capacidade de praticarem a insensatez...


Ângela Pereira.

11 de janeiro de 2010.


No hay comentarios.:

Publicar un comentario