martes, 5 de enero de 2010

Consentimento.

O que me consome não tem nome

Não tem sabor

Nem cor

Nem cheiro


O que me consome não tem forma

Não tem movimento

Não é grande nem pequeno

Nem alto nem baixo


O que me consome não tem forças

Mas suga

Espedaça

Aperta

E joga no lixo resquícios de...


É tão sem graça...

Tão vazio...

Que tenho até vergonha de lhe dar cabimento.


Mais tarde o prenderei no buraco negro.

E durante o dia o deixarei ir embora

Na esperança de um consentimento.


Ângela Pereira.

05 de janeiro de 2010.

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