viernes, 2 de octubre de 2009

A mesquinhez (humana)...

“O ser humano é bom ou é ruim?”

Resgato a pergunta lembrada numa agradável conversa recente com algumas/ns companheiras/os...

A resposta não é simples. Queria acreditar, imbuída do sentimento de bondade, que o ser humano é naturalmente bom. Quero, todavia, não desconsiderar também que o ser humano tem algo de maléfico.

Não existe (para mim) uma resposta fechada. Ou pelo menos nesse momento prefiro não fazer a escolha entre o sim e o não. Não estou em cima do muro!

Acredito que temos um pouco de cada... somos aquilo que vivemos. E como a vida não é estática, algo dado, finalizado... somos então produto dialético do tempo vivido, do concreto vivido.

Pensando então no “meu”concreto vivido...

Cansa ver como as pessoas se degladiam em disputimos impregnados de valores capitalistas...pena mesmo que tenho que conviver com essas coisas.. pena que vivo um sistema capitalista em que as pessoas querem passar por cima dos outros sem dó nem piedade... querem aparecer mais que o outro.. querem sobretudo se dar bem “em cima da carne seca”.

Procuro um elemento que me ajude a entender e a lidar com essas estafantes situações. Mas sei que apenas um não é capaz de me dar essa tranqüilidade.

Então listo:

Paciência: Muita paciência histórica para aguardar um tempo em que esses valores não serão predominantes nas pessoas;

Resistência: Para em meio aos meus próprios valores (também com influência dos valores capitalistas), não me deixar levar por esses disputimos de incorporação ao capital. A disputa que quero travar é em patamar diferente. Quero disputar a subjetividade das pessoas... Mas prefiro a poesia operária como instrumento... prefiro a leveza da utopia.

Indiferença-consciente: àqueles que decididamente fizeram a sua escolha e já não mais são vacilantes. Não quero perder tempo com os que preferem DECIDIDAMENTE o capital. Preciso ganhar mentes e corações dos que tem dúvidas... porque os outros (são)serão meus inimigos.


Mística: nos altos e baixos da vida, preciso forjar diariamente condições para resistir. A mística é meu alimento.

Utopia: Essa caminha e eu a continuo seguindo. Não sem fundamento... Os passos são firmes!



A mesquinhez que vá pertubar outros! P.................


Ângela Pereira.

02 de outubro de 2009.

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