martes, 14 de septiembre de 2010

Silêncio que respeita...

"Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocarmos
o coração das pessoas."

Cora Coralina.

Na vida de hoje, o exercício da solidariedade e da troca de sentimentos bons e verdadeiros não é de todas as pessoas. Pena. Se fosse com certeza teríamos um mundo melhor.

Fico me perguntando, o que faz uma pessoa negar um abraço, um carinho, um sentimento pelo menos fraterno que seja. Por que algumas pessoas são tao frias? Dizem não serem afetivas e não demonstram afeto?

São as muralhas que colocamos ao nosso redor, por não termos sabido viver e decifrar os nós do não amor do e pelo outro, da não atenção pelo outro e para com o outro, do não respeito do e pelo outro...

São as couraças, que impregnam o nosso corpo e dele se apropriam. Que o enrijecem e tornam a vida amarga, sem ou com pouco sentimento de afeto.

No fundo, acredito que guardam sim algum sentimento de afeto que lhes faz viver. Nem que seja pelo gatinho abandonado... Em algum momento, as pessoas param e o acariciam... e se não gostam de gatos... algum dia olham pra beleza de um dia de sol e tem vontade de abrir a janela.


Posso respeitar e até entender. Mas não aceito o não-amor! Quem sabe o exemplo pedagógico ajude.


Ângela Pereira.

14 de setembro de 2010.


2 comentarios:

  1. Em tempos de desamor...com certeza o melhor exemplo pedagógico é amar! Amar nosso povo, amar aquelas e aqueles que sofre exploração dos seus corpos e vidas,amar aquelas e aqueles que se colocam nas trincheiras da luta pela transformação desse mundo!Gracias querida companheira Angela, por ser nosso exemplo pedagógico de amor e por nos lembrar a necessidade também nos os sermos com seus lindos versos!

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  2. Adorei o comentário, Berna. Muito obrigada! Diria, amar também é um exercício militante, amar sobretudo a classe aquém das suas atuais fragilidades! Beijo grande!

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