Marcaram nossa história com sangue
Prenderam nosso sorriso branco em uma gaiola
Riscaram nossa carne com brasa
Achando-se superiores
Assinaram a lei Áurea
Querendo diminuir o peso da culpa histórica
Mas não passou de mera oratória
E assim se faz a história.
Com navios negreiros
Com chicotadas violentas
Com famílias desfeitas
Com sonhos apagados
Com corpos tombados
Rejeitaram nossa linda cor
Como se fosse anormal
Nos puseram alcunhas
Num desrespeito total
Nos fizeram substituir o cabelo crespo
Por outro artificial
Mas Zumbi ensinou
E a história marcou
Com a força de Dandara
Muita luta travou
É tempo de fincar pé
Lembrar as opulências
Do inimigo carrasco
Mas de cabeça erguida
Permanecer na resistência
Aclamando a liberdade
É tempo de fincar pé
E a essa luta juntar
Mais que identidade negra
Já que a força negra
Também é proletária
É tempo de fincar pé
Gritar em alto tom:
Sou negro sim!
E carrego comigo o grito da liberdade
Sou negra sim!
Quero a verdadeira liberdade
Que somente a revolução proletária trará.
Ângela Pereira.
20 de novembro de 2009.
Aeroporto de Brasilia, rumo ao Curso de Economia Política e Desenvolvimento Agrário em Vitória-ES.
A poetisa registrou nos seus rascunhos: Está liberado o carpe-diem! Enquanto a liberdade não chega. Por Ângela Pereira.
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