“Como meu sangue nunca vai
Nunca vai, vai virar vinho
No final do mês
Se acende o pavio
Então...” ( O Rappa-Homem bomba)
Ante o incêndio do corpo
Se põe no espaço
Se atira do alto
Espera o regalo
Dos colos do paraíso
No outro lado
Enquanto desse lado
Escorre o vermelho
Na terra que sangra
O povo chora
A criança sem mãe
A mãe sem filho
O pai sem prumo
Enquanto desse lado
Não precisa ser bomba
Basta estar vivo
E ser alvo
Sujeito atado
A bomba do lado
O tiro acertado!
O povo chora
A criança sem mãe
A mãe sem filho
O pai sem prumo...
A vida sem rumo.Ângela Pereira.
10 de novembro de 2009.
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