Disseram: Era pouco inteligente... para não se dizer nada inteligente. Discordei da opinião quanto à rala inteligência dessa mulher...
Ela era digamos diferente. Gostava de desnudar o que já era nú. Via os lados, os traços, os fardos a sua maneira. Seduzia e deixava–se seduzir a sua maneira...Despertava amor e ódio...
tesão e asco... Era a própria personalidade.
Clarice fez Macabéia evoluir. É claro que a ela ofereceu-lhe algumas futilidade...
Nem Macabéia nem Lucrécia eram absolutamente felizes nem absolutamente tristes...
Ninguém é absolutamente nada!
Mas Lucrecia fazia acontecer... ao seu modo , mas fazia!
Extrapolava as ruas de S. Geraldo fazendo-as ora claras... visitáveis, passeáveis ora escuras... sombrias...penumbrantes!
Fugia dos olhos transpassados... e encarava os penetrados... negava as vontades de Ana... Faziao que queria!
Era sem dúvida uma mulher com personalidade forte! Escondida na introspecção de Clarice.
*Comentário sobre o Livro “A cidade sitiada” e, recordando “ A hora da estrela” de Clarice Lispector.
Ângela Pereira.
02 de fevereiro de 2008.
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