domingo, 19 de diciembre de 2010

A saudade


Onde mora o pecado,

Mora sempre a saudade

do amor proibido

que não continuou

Onde mora a virtude


Também mora a saudade

do amor impossível

do amor incompreendido,

do amor que está longe,

do amor que lhe falhou

ou do que feneceu.


Outro amor,

o ciúme

algo estranho

Uma coisa qualquer

cortou a felicidade

partiu os corações.


A saudade dorme em silêncio

Mas sempre desperta.

A recordação agente afasta quando quer.

A saudade é diferente

ela volta de manso

E agente não pode com ela.


Carlos Marighella

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