Reconhecer-nos povo,
Reconhecer-nos classe
Enxergar ao longe no passado,
Os pais, avós do nosso tempo
Ver-se índio, ver-se negro,
Guerreiras e guerreiros,
Lutadores, lutadoras
Foi o sangue que regou as sementes que nos plantaram,
A nossa herança é a luta...
Viemos de vários cantos,
Muitos anseios, olhares
Muitas vontades diversas
Mas únicas em um sentido
Unidas pela indignação,
Pela necessidade de gritos
Quando a maioria silencia
Nos reconhecemos nos olhares
Nos quereres transformar
Mudar o tom deste mundo avesso,
Virar de ponta-cabeça
Essa crueldade toda que chamamos
País, governo, sociedade, Estado
Daqui levamos sementes juntos
que colhemos uns dos outros
A caminhada não começa agora
E longe os olhos verá
Se agora jogamos sementes,
Sejamos responsáveis com a árvore projeto
Que estamos a plantar.
Marcos Pablo
12 de dezembro de 2010.
(Mística de encerramento da etapa preparatória do III Curso Estadual de Realidade Brasileira- Paraíba)
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