No final do ano passado, depois de ponderar os prós e contras da decisão, optei por sair do Facebook. A vida moderna apresenta ferramentas que criam falsas necessidades para mulheres e homens. A dificuldade de me concentrar em atividades para as quais deveria realmente focar; a necessidade de privacidade e de auto-preservação foram alguns dos motivos que levaram a sair do facebook.
Depois de passar um tempo, ainda com a vontade de dar uma olhada diária nas postagens de pessoas e compartilhar poesias, textos e fotografias bonitas, percebi o quanto o desapego a essa ferramenta me permitiu aproveitar o tempo com atividades mais interessantes.
Resgatei a prática da leitura como lazer. O prazer de assistir filmes, mania da adolescência que ficara esquecida,e somente algumas vezes retomava, foi resgatado não como mania, mas como necessidade. Abri-me à possibilidade de concentrar as necessidades, a indignação e o agit-prop faceboquiano em atividades que de fato trarão mais acúmulo de informação/formação e elevação do nível cultural que os compartilhamentos de trechos entrecortados, que citações incompletas de autores, poetisas e poetas que ilusoriamente poderia conhecer.
Teria perdido contatos de pessoas distantes, de amigos (?), de intelectuais... Ficaram realmente os que valem a pena. Os que lembram, ligam ou visitam para saber como estou passando os meus dias. Faltariam informações sobre as atividades culturais da cidade? Ficarei sabendo daquilo que me interessa por outros sites e por amigas/os.
Com quase trinta anos de idade, as minhas necessidades, as minhas ambições, as minhas vontades têm mudado. Se antes já buscava priorizar o que realmente me fazia bem, agora o farei muito mais.
É tempo de mais seletividade, de mais aprofundamento, de mais aprimoramento... De menos superficialidade, de menos aparência deslocada da essência. É tempo de mais amor-próprio, de mais segurança, de mais assertividade, de fazer o que realmente vale a pena e o que me faz bem...
Uma ressalva para os que de vez em quando circulam os olhos por esse despretensioso blog: O gosto pelas palavras e pela escrita me farão permanecer por aqui. Em alguns momentos, rascunhando poesia; em outros, reprisando pensamentos de mentes interessantes e em outros pegando o sentido e dando sentido às palavras em poesia. Espero que com melhor qualidade.
Feliz vida!
Feliz vida!
Ângela Pereira.
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