sábado, 15 de mayo de 2010

Faço das palavras alheias: As/aos minhas/meus camaradas!

Quando o apito da mina
entrar o fundo da noite

chamando pro amor ou pro
trabalho,

embora faça frio

vão me chamar.

(...)

Quando for a hora de trocar
os ternos, quando
o turno fechar seu ciclo interno,

o pão estiver escasso

e as lanternas

tremerem nesses pulsos combatentes,

saibam que estou à escuta

Em qualquer parte

E sempre trabalhando entre vocês.

Em qualquer emergência,

Em qualquer tempo

Podemos compartir nossas tarefas:

Trabalhamos às vésperas do fogo.

Por isso meus irmãos vão me chamar.


Heitor Saldanha.(1910-1986)

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