domingo, 8 de noviembre de 2015

Rompendo caixinhas.

Tantos anos de filosofias castradoras transformaram nossas mentes em caixinhas com fundo rasos... E os gerentes da ordem socioeconômica capitalista adoram isso...
Com a divisão social e técnica do trabalho, somos obrigados a nos encaixarmos em profissões, onde cada profissional deve deter-se às competências e às habilidades técnicas que aquela profissão determinou como sua.
Todo aquele que se propõe a pensar, analisar e intervir no mundo a partir de outro conhecimento que não é aquele restrito ao seu campo profissional é tido como um “estranho no ninho”. É podado pelos outros que se sentem ameaçados por outra pessoa que conhece motes daqueles que seriam teoricamente competência de determinada profissão.
Na saúde, então... Cada profissional que trate de se agarrar ferrenhamente em determinada parte do corpo de “seu paciente”, ou determinada competência... 
Não gosto de ser limitada a papéis e a funções, talvez por isso, tenha ao longo de minha graduação buscado apaixonadamente em encontros nos corredores das universidades, nos encontros do movimento estudantil e dos movimentos sociais, em vivências diversas de forma geral aquilo que era podada no meu curso- Fisioterapia e que estrategicamente não constava nos projetos políticos pedagógicos.
Segui buscando isso em outras áreas de conhecimento que teoricamente não teriam nada a ver com a minha profissão (Economia Política, Filosofia, Sociologia, História...) em pós-graduações. Mas fiz isso por uma necessidade concreta, a de contribuir com a transformação da realidade objetiva imposta pela ordem socioeconômica vigente.
Antes me incomodava absurdamente comentários como “Você parece pedagoga, psicológa ou assistente social”.
Hoje ainda me incomodo com tentativas de enquadramento sobre o que penso, como analiso e intervenho na realidade, mas os resultados concretos da minha intervenção nessa realidade acalentam meu coração e minha mente por perceber que tudo tem valido muito à pena. 
A minha profissão é somente mais um instrumento de intervenção na realidade. E materialização de minha sobrevivência. 
Podem me confundir com tantas e outros profissionais, só não tentem me castrar...  

A minha intervenção no mundo ultrapassa caixinhas faz tempo. 

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