Tenho sempre a certeza de que não estou só.
Tenho o rumo da história que me acompanha:
Os choros dos recém-nascidos que não pediram para ser gerados num ato de violência.
Os passos nas ruas dos que chegam após jornadas intensas de trabalho.
Os sons das ambulâncias com sub-vidas do crime em direção aos hospitais lotados.
Os pedidos de socorro da mulher que apanha do marido na esquina.
A sirene do carro de polícia para reprimir a juventude negra transeunte.
Nas minhas horas de aparente solidão
Tenho sempre a certeza de que nunca estarei só,
Porque faço parte de um todo.
Um todo que me pede companhia e força.
Pintura: " Do porfiriato à revolução" por David Alfaro Siqueiros ( pintor muralista mexicana- contemporâneo de Diego Rivera)
Só os poemas para nos libertar!
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