miércoles, 9 de febrero de 2011

Essência.

Nas minhas horas de aparente solidão
Tenho sempre a certeza de que não estou só.


Tenho o rumo da história que me acompanha:

Os choros dos recém-nascidos que não pediram para ser gerados num ato de violência.

Os passos nas ruas dos que chegam após jornadas intensas de trabalho.

Os sons das ambulâncias com sub-vidas do crime em direção aos hospitais lotados.

Os pedidos de socorro da mulher que apanha do marido na esquina.

A sirene do carro de polícia para reprimir a juventude negra transeunte.


Nas minhas horas de aparente solidão

Tenho sempre a certeza de que nunca estarei só,

Porque faço parte de um todo.

Um todo que me pede companhia e força.



Pintura: " Do porfiriato à revolução" por David Alfaro Siqueiros ( pintor muralista mexicana- contemporâneo de Diego Rivera)

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