jueves, 27 de febrero de 2014

Mujeres con la revolucion bolivariana! MMM


MUJERES CON LA REVOLUCION BOLIVARIANA DE VENEZUELA
DEFENDEMOS LA DEMOCRACIA Y LA VIDA: NO A LA VIOLENCIA GOLPISTA



Un nuevo episodio en la escalada de desestabilización contra la democracia y la Revolución Bolivariana de Venezuela ha ocurrido en este mes de febrero. Las acciones generadas por opositores internos e internacionales evidencian, cada vez más, una estrategia que anuda viejas y nuevas formas de violencia buscando implantar un ambiente de guerra contra el pueblo, que las mujeres latinoamericanas denunciamos y repudiamos.


·      Denunciamos la violencia económica, que se despliega constantemente por medio de la especulación, el acaparamiento de productos básicos para crear escasez, los rumores para generar pánico, el ataque y boicot a los bienes y servicios públicos. Todo esto se traduce en una alteración de las condiciones y calidad de vida de las mujeres y de las familias, abocadas a resolver en lo cotidiano su sobrevivencia en medio de la adversidad, lo que supone más y más trabajo y desgaste emocional.



·      Denunciamos la violencia política y social, ejercida por medio de episodios desestabilizadores y golpistas como el de estos días y de ataques sistemáticos a las instituciones y decisiones democráticas de un país que, como ningún otro en estos tiempos, ha promovido y respetado la soberanía popular expresada en 19 procesos electorales.  A esto se suma el ataque abierto a la organización popular, acosada por violencia directa, por la criminalización mediática, por los rumores difamatorios.


·      Denunciamos la violencia mediática, que no conoce límites en su infame tarea de desinformar, de mentir y fraguar versiones alteradas de los hechos, para proyectar al mundo falsas imágenes de una sociedad dividida en dos bandos, o incluso de una sociedad levantada contra un gobierno ilegítimo, cuando la realidad muestra un pueblo y un gobierno acosados por la escalada desestabilizadora que impulsan élites y poderes nacionales e internacionales. Esta violencia mediática afecta los derechos y dignidad del pueblo bolivariano como también el derecho de todos los pueblos del mundo de tener acceso a información veraz y fidedigna.


·      Denunciamos la violencia armada, que hemos visto en estos días en la actuación de grupos de perfil paramilitar, cuyas acciones dejan ya un saldo de seis víctimas mortales y numerosos heridos.  Alertamos sobre la peligrosidad extrema de esta forma de violencia, que siembra la muerte y el terror para inducir un escenario de conflicto y caos que justifique cualquier intervención.


·      Denunciamos la violencia imperialista, que no ha cesado en sus maniobras de intervencionismo, usando medios de todo tipo, en sus afanes de poner fin a la Revolución Bolivariana, a los procesos de integración alternativa, de recuperar y ampliar el control político, económico y cultural en Venezuela y en la región.

Convocamos a todas las mujeres de la región y del mundo a mantener, desde hoy, una campaña permanente de denuncia de estos hechos violentos, de sus impactos en la vida de las mujeres y el pueblo venezolano, de acompañamiento a nuestras hermanas que se encuentran en pie de lucha para defender el camino democrático y soberano de la Revolución Bolivariana, y de apoyo incondicional a la alternativa de PAZ que enarbolan el gobierno y el pueblo.

Convocamos a conmemorar el legado y la presencia del compañero eterno Hugo Chávez, cuyo compromiso feminista confluye ya con la celebración del Día Internacional de las Mujeres.

Hacemos nuestra la consigna de nuestras hermanas bolivarianas:

POR LA MATRIA, POR LA PAZ y POR LA VIDA

Marcha Mundial de las Mujeres – América Latina
Red Latinoamericana Mujeres Transformando la Economía –REMTE

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martes, 25 de febrero de 2014

Carta da MMM- 8 de março de 2014.





CARTA DO 08 MARÇO DE 2014
Feminismo em Marcha para Mudar o Mundo

Neste 8 de março, dia internacional de luta das mulheres, nós da Marcha Mundial das Mulheres reafirmamos com nossa presença nas ruas que o feminismo é um movimento popular que está e continuará em luta denunciando a opressão vivida por nós nesse  sistema que combina o patriarcado com o capitalismo, a desigualdade, o racismo, a lesbofobia e a destruição da natureza.
As mulheres do mundo inteiro resistem à ofensiva do capitalismo que apresenta “falsas soluções” baseadas na expansão do mercado como mais exploração dos recursos naturais, novas tecnologias de controle do nosso corpo, da natureza e do conhecimento. As respostas do capital para tentar sair de sua crise e aumentar suas taxas de lucro são falsas soluções que só promovem a opressão com mais concentração de renda, militarização, criminalização das lutas por meio de um processo violento dos Estados.
Em uma sociedade baseada no incentivo do consumo orientando a vida e as relações, percebemos a expansão da mercantilização em todas as dimensões. Isso se dá especialmente com a exploração do corpo das mulheres, desde a indústria da beleza, até o tráfico e a prostituição. Nosso corpo é constantemente controlado e regulado a partir de padrões morais de sexualidade que estimulam a violência e a discriminação de lésbicas, em uma sociedade em que tudo gira a favor do prazer dos homens e, para as mulheres, a maternidade continua sendo uma obrigação.
Denunciamos a imposição da maternidade como destino obrigatório das mulheres e reafirmamos a autonomia de decisão sobre os nossos corpos. Exigimos o direito de decidir se queremos ou não manter uma gravidez indesejada. Para isto lutamos pela legalização do aborto realizado pelo SUS de forma gratuita e segura.
Repudiamos a cooptação do discurso feminista “meu corpo me pertence” para “meu corpo é meu negócio”. Por isso, somos contra o projeto do Dep. Jean Wyllys que, ao invés de contribuir para a melhoria de condições de vida das mulheres prostituídas, legaliza a cafetinagem, consolida a sexualidade como um serviço comercial de compra e venda, e aprofunda a exploração das mulheres. Refirmamos nosso compromisso na luta pelo fim da prostituição e nossa solidariedade com as mulheres que se encontram nessa situação. Denunciamos a máfia milionária da prostituição e da pornografia que se apresentam com a maquiagem da indústria do lazer e do entretenimento.
Denunciamos as grandes obras e mega eventos como copa do mundo e Formula 1 como espaços para naturalizar a prostituição, facilitar o trafico de mulheres e meninas e como uma forma de aprofundar a pobreza e desorganizar a vida da população pobre, via remoções de favelas e terrenos ocupados. Denunciamos a FIFA como uma máfia cada vez mais autoritária e corrupta e reivindicamos o esporte como um direito das mulheres como atividade de lazer, integração e amizade entre os povos.
Neste dia de luta, nos solidarizamos com as mulheres e meninas do Brasil e de todo mundo que sobrevivem e lutam contra a violência que sofrem em casa, nas ruas, no trabalho e as mulheres vítimas de conflitos produzidos e estimulados pelo imperialismo.
Denunciamos a impunidade e lentidão da justiça brasileira, em especial nos casos de estupro de meninas na cidade de Coari, Amazonas, onde o prefeito Adail Pinheiro, pratica pedofilia, alicia e compra meninas para a exploração sexual há mais de 10 anos. Exigimos que este caso seja tratado pela justiça nacional já que os órgãos do Estado do Amazonas tem sido conivente com a situação.
Exigimos que o Estado Brasileiro não aceite mais nenhuma morte de mulheres e meninas vítimas da violência sexista e que implemente a lei Maria da Penha em sua totalidade. Para isto, os estados e municípios devem aplicar recursos em políticas de enfrentamento a violência e o judiciário precisa enfrentar o machismo dos juízes e outros profissionais do setor.  Queremos outro modelo de segurança que garanta o efetivo combate à violência contra a mulher e que não sirva para criminalizar os movimentos sociais e a pobreza. 
Estamos em luta para transformar o modelo de produção e consumo. Por isso, denunciamos a imposição dos agrotóxicos e das sementes transgênicas que geram dependência das agricultoras e agricultores. Denunciamos os projetos de irrigação para beneficiar o agronegócio como o projeto do Perímetro Irrigado da Chapada do APODI, no Rio Grande do Norte, que, se concluído, destruirá a organização e produção das trabalhadoras desta região. Conclamamos todas a resistir e lutar! 
Nos somamos à luta dos movimentos do campo para que as prioridades do governo, hoje, voltadas para o agronegócio se revertam para a reforma agrária, demarcação das terras indígenas e quilombolas como único caminho para garantia de soberania alimentar livre de transgenia, de veneno no ar, na água e na terra e nos alimentos que chegam a nossa mesa.
A estrutura patriarcal do Estado brasileiro não exclui apenas as mulheres da política, como também exclui as mulheres da própria cidadania. Isso coloca barreiras para o avanço das nossas reivindicações históricas, como o combate mais efetivo a violência contra as mulheres, a descriminalização e a legalização do aborto e, principalmente, a implementação de políticas que garantam a autonomia das mulheres sobre suas vidas e seus corpos.
No Brasil, embora tenhamos uma presidenta e sejamos 51% do eleitorado, ocupamos menos de 10% do senado e menos de 9% na câmara de deputados. Os mecanismos que nos afastam dos espaços de poder e decisão, são: a dupla jornada de trabalho, a falta de financiamento público para campanhas, a insuficiência de políticas públicas como creches, educação infantil em período integral, dentre outras.
Para despatriarcalizar o Estado e a política é preciso radicalizar a democracia e construir espaços e processos efetivos de participação popular. Essa é nossa agenda para 2014, ano em que construímos com mais de cem movimentos sociais o plebiscito popular por uma constituinte exclusiva, soberana e popular sobre o sistema político.
Conclamamos às mulheres para a auto-organização e afirmamos nossa estratégia de fortalecimento como sujeito político que constrói uma força mundial em aliança com os movimentos sociais.
Nesse 8 de março de 2014 renovamos nosso compromisso na luta por um mundo anticapitalista, antirracista e antilesbofóbico, por uma sociedade baseada nos valores de liberdade, igualdade, justiça, paz e solidariedade.

Marcha Mundial das Mulheres

domingo, 16 de febrero de 2014

Inspiração: Viver sem tempos mortos ( Beauvoir).

VIVER SEM TEMPOS MORTOS

A impressão que eu tenho é de não ter envelhecido, embora eu esteja instalada na velhice.

O tempo é irrealizável. Provisoriamente, o tempo parou pra mim ... provisoriamente!

Mas eu não ignoro as ameaças que o futuro encerra, como também não ignoro que é o meu passado que define a minha abertura para o futuro. 

O meu passado é a referência que me projeta e que eu devo ultrapassar. Portanto, ao meu passado eu devo o meu saber e a minha ignorância, as minhas necessidades, as minhas relações, a minha cultura e o meu corpo.

Que espaço o meu passado deixa pra minha liberdade hoje? Não sou escrava dele. O que eu sempre quis foi comunicar da maneira mais direta o sabor da minha vida, unicamente o sabor da minha vida.

Acho que eu consegui fazê-lo; vivi num mundo de homens guardando em mim o melhor da minha feminilidade. Não desejei nem desejo nada mais do que viver sem tempos mortos.

 Na voz de Fernanda Montenegro.

"O meu passado é a referência que me projeta e que eu devo ultrapassar. Portanto, ao meu passado eu devo o meu saber e a minha ignorância, as minhas necessidades, as minhas relações, a minha cultura e o meu corpo."

http://www.youtube.com/watch?v=4gcBeOqNdpU


Ultrapassemos!

domingo, 9 de febrero de 2014

Só citando Conceição Evaristo: "A noite não adormece nos olhos das mulheres"

Depois de tanto tempo sem postar  algo, ainda apenas reproduzindo, venho aqui inspirar-me com Conceição Evaristo que exauta as vigilantes e resistentes mulheres.

( Fotografia de  Giovanni Marrozini : "la nouvelle-semence 1")



A noite não adormece nos olhos das mulheres

A noite não adormece
nos olhos das mulheres
a lua fêmea, semelhante nossa,
em vigília atenta vigia
a nossa memória.

A noite não adormece
nos olhos das mulheres
há mais olhos que sono
onde lágrimas suspensas
virgulam o lapso
de nossas molhadas lembranças.

A noite não adormece
nos olhos das mulheres
vaginas abertas
retêm e expulsam a vida
donde Ainás, Nzingas, Ngambeles
e outras meninas luas
afastam delas e de nós
os nossos cálices de lágrimas.

A noite não adormecerá
jamais nos olhos das fêmeas
pois do nosso sangue-mulher
de nosso líquido lembradiço
em cada gota que jorra
um fio invisível e tônico
pacientemente cose a rede
de nossa milenar resistência.

(Conceição Evaristo – Em memória de Beatriz Nascimento)