lunes, 25 de abril de 2011

Mas o tempo é imparcial...


"Tempo, tempo, tempo, mano velho..."


Escondo os relógios...
Na vã ilusão de controlar o tempo

E não lhe dar atenção...

Mas o tempo é imparcial

Já dizia o poeta.

Come nossos sonhos...



O (tempo) que é meu não é teu...

O (tempo) que é teu não é meu...



Quero que o meu tempo tenha menos fome...

E que o meu hoje seja também teu...





Ângela Pereira.




















domingo, 24 de abril de 2011

Medo.

" A vida é maravilhosa quando não se tem medo dela."
Charles Chaplin

Posso até decifrar os meus devaneios, os meus pensamentos fugídios, as minhas vontades, mas não posso decifrar o medo do outro.
O meu medo a mim me cabe decifrar e enfrentar, da mesma forma que ao outro cabe despir-se do medo de enfrentar o medo.
Experimente enfrentar os seus medos. É desafiador. Os resultados afagam o ego e abrem os caminhos.

Ângela Pereira.
24 de abril de 2011.

viernes, 22 de abril de 2011

Voa passarinho...

A porta está escancarada...

Voa passarinho...
A minha casa é a natureza
E o nosso maior sonho
é a liberdade.

Ângela Pereira.
22 de abril de 2011.


domingo, 3 de abril de 2011

A bandeira vermelha ainda balança...


A bandeira vermelha ainda balança...
E o sol ainda flameja.
Sob eles rostos cansados e sujos.
Promessa de progresso
E sonhos inventados


Gritos tácitos, engolidos junto com o pão sem gosto
Pulam das bocas indignadas
Os pés brasileiros sumiram...
E as mãos pararam...

E ELES continuam calmos?

É que a bandeira vermelha ainda balança em terra
De olhos iludidos pelo império
Sob promessas do primeiro mundo.

E o resto do mundo onde fica?

Quem sabe sob os nossos pés...
Quem sabe sob os escombros...
Quem sabe sob as cinzas...
Quem sabe ao nosso lado...

Quem sabe?

O povo talvez não saiba,
Mas com certeza na pele sente.

Ângela Pereira.
04 de abril de 2011.

Foto: Obras do PAC. Hidrelétrica de Jirau no Rio Madeira.

Trocando as roupas usadas...

" Há um tempo que é preciso abandonar as roupas usadas- que já tem a forma de nosso corpo- e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É tempo da travessia e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado nós mesmos à margem de nós mesmos. " (Fernando Pessoa.)

A cinza pela vermelha, amarela, laranja, verde limão e lilás...
A preta pela branca...

A calça pelo vestido florido...


A roupa que te vestia já não serve mais?
O tamanho ficou pequeno?
A cor está gasta?
O tecido já não resiste?

É preciso mais espaço...
É preciso mais cor...
É preciso mais jeito...

É preciso mais sensibilidade...


Por isso troco as roupas e os acessórios...

Troco os costureiros e os vendedores
E tudo que, por mau gosto, nao me cai bem!


Ângela Pereira.

4 de abril de 2011.