miércoles, 30 de diciembre de 2009

Eita! Quem mandou provocar?!

O tempo passa rápido é hora então de contar:

Abstração meramente não mais espaço há...

A “práxis concreta” urge a pulsar...

Aquilo que não se mostra, escondido não pode mais estar

Só um pouco mais de disposição para furar a barreira do não.

Só um pouco mais de exposição para entender a atração

Que existe entre o que se esconde com o que é evidente

No aparente essencial e na essência aparente

Só resta aos contadores no frenesi do tempo que passa

Aproveitarem o que a vida em Carpe diem apresentará.

Mais beijos!


Ângela Pereira.

31 de dezembro de 2009.

Conversa de fim de ano e de reencontro.

Como tá a vida, minha cara?

E esses dias de fim de ano, qual a cor que tem?


A vida está seguindo em frente,

Andando com o tempo,

Ora lenta, ora acelerada,

Ora colorida, ora preto e branco...

E nem por isso feia,


Às vezes dura,

Às vezes deliciosa,

Agora muito mais deliciosa.

Quando se aprende a valorizar

De verdade cada segundo dela


O bom mesmo nesse tempo

É ter aprendido que é com ela

Que se aprende


E somente se jogando nela,

Sujeitando-se a erros e acertos

Que agente segue em frente.


A cor do fim de ano é misturada...

Um pouco de vermelho

Para lembrar o fogo revolucionário.


Um pouco mais de lilás,

Pra ajudar na emancipação

De mentes e corações de mulheres

E também de homens.


Um pouco de verde, azul e amarelo

Pra deixar marcada a beleza natural

Das matas, do mar e do sol...


E mais um pouquinho das outras cores...

Que se misturam nos rostos,

Nas vestes e nas cores da pele

Da classe trabalhadora!


Ângela Pereira

30 de dezembro de 2009.

À minha amiga- camarada Isabelle.












Numa amizade verdadeira,

É preciso estar aberto a tudo.


A receber carinhos, abraços

E mensagens bonitas.


A receber notícias alegres,

Mas também bilhetes molhados de lágrimas

Por aquela dor que somente

Esses amigos conseguem acalentar.


A experienciar a simplicidade

E a complexidade da vida.


A compartilhar pontos de vista

Ou discordar fortemente desse amigo

Sem que isso coloque a relação em perigo.


A se dispor a estar com o outro até em pensamento.

Ou principalmente em pensamento,

Porque isso significa que a amizade

É muito mais que de momento.


A reconhecer no outro suas fragilidades

E ajudá-lo a identificar os equívocos e reconhecê-los...


A, nos casos dos revolucionários,

Alimentar sonhos, despertando no outro.


A capacidade de se indignar

Com o mundo de injustiças do capital

Que machuca, oprime e aliena.


E apresentar àqueles que chamamos de camaradas

Experiências de luta que fortalecem

A mística revolucionária.


Afinal maior amizade e verdadeira

É aquela que compartilha ideais solidários,

Libertários de um mundo em que

Sorrisos e lágrimas de felicidade

Serão a principal expressão de liberdade

No seu mais puro significado.


Ângela Pereira

29 de dezembro de 2009.

lunes, 28 de diciembre de 2009

O livro dos Abraços- Eduardo Galeano.

Que deliciosa surpresa tive ao pestanejar os olhos na tela do computador e ler mesmo em PDF, sem poder pegar e marcar no livro ( coisa que destesto) O Livro dos Abraços de Eduardo Galeano. Um presente de um companheiro fascinado por Galeano.
Que originalidade apresentam os escritos desse homem! Em tão poucas palavras é capaz de contar grandes histórias, brincando com as palavras...

Abaixo lhes presenteio com alguns excertos que extrai de " O livro dos Abraços". Nem terminei de lê-lo, mas já valeu muito a pena ter trocado figurinhas com o Compa Gaucho. Obrigado , moço!

“Celebração da voz humana


Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada”.


A fome


Um sistema de desvinculo: boi sozinho se lambe melhor..., o próximo, o outro, não é seu irmão, nem seu amante. O outro é competidor, um inimigo, um obstáculo a ser vencido ou uma coisa a ser usada. O sistema, que não dá de comer, tampouco dá de amar: condena muitos à fome de pão e muitos a fome de abraços.”


O diagnóstico e a terapêutica


O amor é uma das doenças mais bravas e contagiosas. Qualquer um reconhece os doentes dessa doença. Fundas olheiras delatam que jamais dormimos, despertos noite após noite pelos abraços e padecemos febres devastadoras e sentimos uma irresistível necessidade de dizer estupidezes. O amor pode ser provocado, deixando cair um punhadinho de pó de me ame, como por descuido, no café ou na sopa ou na bebida. Pode ser provocado, mas não pode impedir. Não o impede nem água benta, nem o pó de hóstia tampouco o dente de alho, que nesse caso não serve pra nada. O amor é surdo frente ao verbo divino e ao esconjuro das bruxas. Não há decreto de governo que possa com ele, nem poção capaz de evitá-lo, embora as vivanduras, apregoem, nos mercados, infalíveis, beberagens com garantia e tudo.

Eduardo Galeano (O livro dos Abraços).




Cada ponto de vista é um ponto.

Ninguém nessa vida é unanimidade. Como dizem por aí, numa visão mais religiosa-cristã, “nem Jesus é” imagina se eu iria querer essa proeza.

Somos movidos pelas afinidades... Bem que na física tentaram explicar a atração de coisas opostas... Mas como a física não explica tudo e como estamos abertos a não acreditar e discordar das explicações da ciência, eu discordo então.

Discordo, então, a partir de um ponto de vista: Socialista.

Discordo que tenha que ser benevolente com alguém que faz escolhas pelo sofrimento alheio da/o outra/o que conscientemente explora alguém no sentido de sua sobrevivência.

Discordo que tenha que insistir em estimular mudanças naqueles que já fizeram escolha, dita definitiva, pelo sistema capitalista, que tem no seu cerne a desumanização e a exploração do ser humano por si mesmo.

Discordo que tenha que me submeter a gostar de comportamentos que afirmam esse sistema. Até posso suportá-los... Afinal depois de anos submetidos aos fetiches dele é difícil de nos libertarmos desses comportamentos.

Todavia é bom deixar claro que não discordo de maneira dogmática (imutável), discordo de forma ortodoxa (fiel) e dialogável, ou seja, discordo a partir de um ponto de vista dialógico, dialético e materialista- histórico; socialista, com opção de classe definida- a classe trabalhadora.

Não sou definitivamente dona de verdades absolutas, só defendo as minhas verdades com afinco! E como sou humana, suscetível a erros e acertos, tenho clareza de que as minhas verdades podem estar equivocadas. Estou aberta a reconhecer meus equívocos... É assim que venho caminhando: tentando acertar...


Ângela Pereira.

28 de dezembro de 2009.

João Pessoa-PB.

domingo, 27 de diciembre de 2009

DECLARAÇÃO FINAL DA ASSEMBLEIA DA FRENTE NACIONAL PELO FIM DA CRIMINALIZAÇÃO DAS MULHERES E PELA LEGALIZAÇAO DO ABORTO.


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Recrudesce no Brasil um processo de criminalização dos movimentos sociais, organizações e militantes. Isto para bloquear o avanço das lutas por direitos e transformação social. No caso da luta das mulheres não é diferente.

Forças patriarcais tradicionais, constituídas pelas oligarquias, a ultra direita fascista e setores fundamentalistas das igrejas cristãs, nos últimos anos deslancharam um processo de perseguição e criminalização da luta das mulheres por autonomia e autodeterminação reprodutiva atingindo em primeiro lugar as mulheres que recorreram a prática do aborto e aqueles/as que as apóiam.

Numa perversa aliança entre neoliberais e conservadores, vivemos uma conjuntura de cerceamento do direito ao debate democrático sobre a problemática do aborto, ao mesmo tempo em que cresce no Estado o poder e influência destas forças. Ocupam o parlamento, os espaços de controle social e avançam no controle da gestão da rede pública de educação e de saúde, e nesse caso, ameaçando os princípios do SUS com impacto negativo na qualidade do atendimento às mulheres. Dados de estudos e pesquisas sobre a mortalidade de mulheres comprovam que, pela magnitude da proporção de mulheres negras mortas nos serviços de saúde, configura-se num verdadeiro genocídio perpetrado pelo Estado brasileiro contra esta população.

As forças patriarcais, religiosas ou não, atuam também na base dos partidos políticos e movimentos sociais, disputando ideologicamente o debate de projeto de sociedade junto à juventude e à ampla parcela cristã dos/as militantes e dirigentes. Por este estratagema tentam impor sua doutrina religiosa, visão de mundo e visão sobre as mulheres, a sexualidade e a reprodução humana.

A adesão ao ideário conservador no campo da sexualidade e reprodução construiu as contradições que hoje enfrentamos nos partidos de esquerda e nos movimentos do campo democrático popular, que, construindo um projeto libertador, recuam em propostas libertárias quanto à autonomia das mulheres.

Hoje no Brasil, parte dos algozes da inquisição com suas vestes e capuzes tem uma nova face: o paletó, o jaleco branco, a toga, que no legislativo, nos tribunais, serviços de saúde, delegacias se arvoram a prender, julgar, punir e condenar as mulheres que, em situação limites de sua vida, optaram pela prática do aborto como ultimo recurso diante de uma gravidez indesejada.

Temos hoje uma das piores e mais reacionária legislatura no Congresso Nacional desde a ditadura, que ataca os movimentos sociais pela via das CPIs, entre elas a CPI do Aborto, ao mesmo tempo em que aprova a concordata entre o Brasil e o Vaticano, uma ameaça ao princípio da laicidade do Estado brasileiro.

Nesta conjuntura, nós integrantes da Frente Nacional pelo Fim da Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto reafirmamos:

- nosso compromisso com a construção da Frente formada por movimentos sociais e setores democráticos brasileiros;
- nosso compromisso com a defesa radical das mulheres e movimentos sociais engajados nas lutas sociais;
- nosso compromisso de não abandonar e prestar solidariedade a todas as mulheres que precisaram recorrer ao aborto,
- nosso compromisso com a construção de um Brasil justo e democrático.
Convocamos todas as mulheres a mobilizarem sua inquietude, rebeldia e indignação na luta feminista em defesa das mulheres;
Convocamos os setores democráticos a somarem-se em aliança contra a criminalização das mulheres e dos movimentos sociais;
Não aceitamos qualquer proposta de plebiscito sobre o tema do aborto. Esta prática não pode ser transformada em questão plebiscitária. Esta é uma questão de foro íntimo de cada uma de nós mulheres. As mulheres devem ter garantida a sua capacidade moral e soberana de tomar decisões sobre suas vidas.
Exigimos dos poderes da República a observância dos Tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário e observância das resoluções das Conferências de Políticas para Mulheres, cumprindo a revisão, coordenada pela SPM em 2005, da legislação que pune o aborto e avançando na sua legalização nos termos da proposta consensuada no âmbito da Comissão Tripartite formada pela sociedade civil, executivo e legislativo.

Nenhuma mulher deve ser presa, punida, maltratada ou morrer pela prática do aborto.

Pela autonomia e cidadania de todas as mulheres! Pelo fim da criminalização das mulheres!

Pela legalização do aborto!
São Paulo, 07 de Dezembro de 2009

Andanças...

“Ando devagar porque já tive pressa...”

(Almir Sater e Renato Teixeira)


Ando por aí deixando

Sentimentos incompletos

Histórias inconclusas...


Ando por aí trocando

O pensamento de dentro pelo de fora

O de antes pelo de outrora


Ando por aí pensando

No que me faz assim

E no que me traz pra mim...


Ando por aí amando

O vento, o mar, o ar

As músicas, a poesia e as pessoas...


Ando por aí despertando

De uma vida latente

Aprendendo a andar

Com os choros lavar a alma

Com os tombos levantar a estima

Com as experiências me levar à vida...


Ando por aí, descalça, disposta a sentir

Cada vez mais o que da vida tenho a conquistar.


Ângela Pereira.

25 de dezembro de 2009.

Engenho Machado. Pernambuco.

miércoles, 23 de diciembre de 2009

Carta do I Encontro das (de) Mulheres do Campo e da Cidade da Paraíba

Nós mulheres da Paraiba, agricultoras familiares, camponesas, assentadas, trabalhadoras rurais, sindicalistas, trabalhadoras domésticas, donas de casa, estudantes, educadoras reunidas nos dias 27, 28, 29 e 30 de novembro, em João Pessoa, no I Encontro Estadual das Mulheres do Campo e da Cidade, reafirmamos a luta por justiça, em defesa da igualdade e pelo fim da violência contra as mulheres!

Entendemos que a forma como a sociedade está organizada coloca a mulher numa situação de violência, opressão e exclusão social, negando seus direitos. Somos as principais vítimas do desemprego, do trabalho precário, dos menores salários e da falta de políticas públicas.

Nossa vida e nosso corpo são tratados pela sociedade capitalista como mercadoria. Continuamos sendo as únicas responsáveis pela casa, pela família e pelo cuidado e educação dos filhos, além de estarmos distantes dos espaços de poder e de decisão.

Denunciamos o patriarcado e todas as formas de violência contra as mulheres. Somos constantemente alvos da violência: moral, psicológica, patrimonial, sexual e física. Denunciamos o não cumprimento da Lei Maria da Penha, que coíbe a violência, pune os agressores e traz segurança para as mulheres. Todos os dias, milhares de mulheres continuam sendo vítimas de violência no Brasil e no mundo. Na Paraíba, este ano, já foram assassinadas 42 mulheres, com 26 sofreram tentativas de homicídio xx estupros

Denunciamos o agronegócio que concentra terras, contamina os nossos recursos naturais, viola o direito das agricultoras camponesas em conservar a biodiversidade e nos tira o direito de produzir alimentos saudáveis.

Lutamos por uma Paraíba com a participação igualitária entre homens e mulheres, por justiça e autonomia das mulheres. Pelo direito de acesso à terra, à água, moradia digna, por soberania alimentar e pelo combate à violência contra a mulher em todas as suas formas.

Exigimos que o poder público em todas as suas instâncias cumpra seu papel de proteção às vítimas da violência, respeitando as mulheres violentadas e garantindo a segurança para seus filhos e filhas. Exigimos também políticas públicas que valorizem o trabalho da mulher camponesa e da cidade.

Precisamos construir uma nova sociedade, pautada num projeto popular, onde a valorização do trabalho seja sinônimo de emancipação e as mulheres tenham autonomia sobre seus corpos e suas vidas.

Vamos continuar nos organizando e lutando até que todas as mulheres sejam livres da opressão, e da violência.

Mulheres do Campo e da Cidade construindo uma nova Sociedade!!!

viernes, 18 de diciembre de 2009

Tornar-se mulher!

“Ninguém nasce mulher: tornar-se mulher”
Simone de Beauvoir


Não devo como mulher que venho me tornando

Permitir-me ao erro de me magoar por não me amar

E não amar a outras companheiras com quem tenho em comum

A opção pela classe trabalhadora.


Não devo como mulher que venho me tornando

Ceder aos impulsos da carência

Meramente para tentar supri-la.

Depois da sensação provisória de preenchimento,

o “vazio” volta porque o ponto não preenche o todo

E o todo é profundo e sensível!


Não devo como mulher que venho me tornando

Permitir que outra mulher seja machucada,

Torturada, explorada

Sem abrir a boca e soltar o grito.


Não devo como mulher que venho me tornando

Em desatino ser impaciente

Com os anos de luta que virão

Sob julgo dos valores patriarcais

Que vingaram.


Não devo como mulher que venho me tornando

Esconder de mim mesma

As marcas que riscaram na história:

O grito mais alto da voz grossa

A comida na mesa servida

A toalha na porta do banheiro

O dinheiro na mão retido

A pressão psicológica das filhas na saia

E a tristeza das traições...


Não devo como mulher que venho me tornando

Deixar de avançar com a dor coletiva

De milhares de mulheres mortas,

Violentadas pelo poder do homem

E do capital.


E devo, sobretudo, não deixar de sonhar alegremente

Com a emancipação feminina

Pois é em busca dela

Que venho me tornando mulher!


Ângela Pereira.

Praia do Cabo Branco. 18 de dezembro de 2009.

Falso silêncio

Hoje:

As perguntas se calaram

As respostas silenciaram


Fingi que ouvi somente

O som do vento e das ondas do mar


Mas o corpo não se cala

Se contorce

Se retorce


Desata a falar o que boca

E mente teimam a calar.


Ângela Pereira.

Praia do Cabo branco.

17 de dezembro de 2009.

Homem sub-mar

Do meu lado dorme um corpo

Parece morto


Mas NÃO! Transpira o cansaço da noite anterior

Em que caçava o que comer

Em que circulava na indiferença

Em que soluçava o choro retido


Se ainda fosse de prazer

Que esse homem transpirasse

Se assim fosse diminuiria a minha dor


Mas a realidade já nada me esconde.

Nem a bela aparência do mar

Me faz esquecer da essência

Que faz o homem do mar

Só receber excrecência.


Ângela Pereira.

Praia do Cabo Branco- João Pessoa

17 de dezembro de 2009.

martes, 15 de diciembre de 2009

Filosofia e Ciência

Homenagem a Sérgio Lessa


Abram seus corações para a verdade! Que é legal pra dedeu

Conhecer a história da Filosofia é fundamental

Para construirmos um mundo novo, legal


Para Aristóteles e Platão pensar era necessário

Poucos pensavam, muitos trabalhavam

E o mito predominava no imaginário


Com o tempo a igreja se desafia

Começa formar especialista em filosofia

Um pensar baseado na fé e na religião

Quem pensar diferente cale! Cuidado com a inquisição


Séculos adiante a razão enfrenta a fé

Isto remeche toda filosofia

Começando nascer pensadores da burguesia


O conhecimento então atende a função

De enricar poucos da nação

O poder continua minado

E o coração permanece privado


Nesse tempo o espírito dita a razão

Fenomenológico é afirmar com o não

Mas surge um tal de Marx para explicar a essência

Que se esconde por trás da aparência


Esse caba enlouquece o mundo

Ao mergulhar muito fundo

Na história da revolução


Depois dele muitos outros vieram

E outros tantos virão...

Para explicar com a razão


Sergio Lessa fortaleceu

O sonho da revolução!

E convida a todos a brindar a história

Com o gole dialético da cerveja marxista em Vitória.


II Turma de Pós-Graduação em Economia e Desenvolvimento Agrário ( UFES/ENFF).

Novembro de 2009.

domingo, 13 de diciembre de 2009

Amor libertário

Sonho com o tempo em que
Mulheres e homens se libertarão...

Com o tempo em que o discurso
Será expressão da verdadeira prática
Com o tempo em que os sentimentos
Serão sinceros e abertos
Sem precisar dos outros esconder

O sonho que sonho todavia
Não deve ser mera fantasia
Deve ser por simpatia
Conquistado dia a dia
Deve ser por alegria
Compartilhado em harmonia

E se indignado for
Deve romper com as correntes
Que sufocam o amor
Deve matar o algoz
Se torturado for

E com sangue lilás
Deixar na história jamais
Traçarem planos de dor.

Ângela Pereira.
05 de dezembro de 2009.
Clube dos Estivadores. Serra –ES.