domingo, 20 de septiembre de 2009

Trajetória.


Os pés caminham...

Com eles os fatos ficam pra traz...

Mas a história se faz...





Os pés caminham...

E com a idéia fixa

De querer mudar o que insatisfaz...



É que os pés caminham...

Sobre os mortos...

Resgatando com o povo

A história dos oprimidos, construindo o novo...


É que os pés caminham...

Entre gentes persistentes

Portando sonhos de outrora...

Que se fazem pertinentes agora.


É que não apenas os pés caminham...

A utopia caminha a passos largos...

Fazendo-nos andar e na vida trilhar

Trajetórias de lutas se cruzam e se completam

E firmes e fortes hão de lutar.


Ângela Pereira.

20 de setembro de 2009.

sábado, 19 de septiembre de 2009

Desapego.


Desapegar-se é um exercício de respeito. Respeito a si mesmo. Respeito às pessoas, aos lugares, às coisas e por conseguinte à vida.

O apego impede as pessoas de se experimentarem e experimentarem as diversas possibilidades que a vida nos apresenta.

O apego nos faz ter medo de perder. Medo de tentar o novo, como se não fosse possível se adaptar a outras realidades, construir novas amizades, novos relacionamentos.

Se as pessoas tivessem que viver sempre as mesmas experiências, morar nos mesmo lugares, viver sempre com as mesmas pessoas, o mundo não seria tão diverso. Na verdade, dessa forma viver seria extremamente sem graça!

Apegar-se é (se) prender com correntes.

Desapegar-se é se permitir viver levemente!


Ângela Pereira.

19 de setembro de 2009.

lunes, 14 de septiembre de 2009

Abrazar la vida.

(Cantante: Luis Fonsi)
Yo no quiero dibujar como Picasso
ni cantar como Sinatra tal vez
Solo quiero ser espejo de mis sueños
ser yo mismo porque siempre estaré
en el momento jugando a ser el viento sin ataduras por la locura de querer

Abrazar la vida, para hacer la mía
con la piel en blanco que pide tanto aprender.
Abrazar la vida de verdad sentirla
y saber perder
y a la vez creer q estaré... siempre bien

Cuando miro cada noche las estrellas,
ya no pienso en lo pequeño que soy
no las nombro ni las cuento una a una
Ni las sigo porque sé donde estoy
en el momento jugando a ser el viento sin ataduras no tengo dudas de atraverme

Abrazar la vida para hacerla mía
con la piel en blanco que pide tanto aprender
Abrazar la vida de verdad sentirla
y saber perder y a la vez creer que estaré siempre bien

En el agua sin poder nadar
o perdido en algún lugar
con ganas de querer llorar
buuscando la oportunidad.....

de Abrazar la vida para hacer la mía
con la piel en blanco que pide tanto aprender
abrazar la vida de verdad sentirla
y saber perder y a la vez creer que estaré
siempre bien...

domingo, 13 de septiembre de 2009

Inspiração...


Deixo que a inspiração venha...

Com ela respiro...

Com ela viajo...

Transcendo...




Inspiração é dependência...
Se não existe... não se respira
Não se vive!

Ângela Pereira.

13 de setembro de 2009.

sábado, 12 de septiembre de 2009

Além das aparências... Prefiro os sabiás.


“Em situações em que chorar é inútil, só
resta dar risadas. Isso é claro, até haja
cacos a serem catados...”
Rubem Alves.



Sinto por aqueles que somente enxergam as aparências... Não estou livre disso... Mas procuro não me deixar ver apenas o que está pelas beiradas... E isso exige muito mais de mim. Ainda bem... Aparência não é essência. As pessoas neste mundo usam carapuças como proteção ou como pseudopersonalidade. Esta aparência acaba prevalecendo através dos pré- conceitos que fazemos dos outros. É natural do ser humano querer construir imagens do outro. Pré-visões... Pré-noções...
Ruim é quando essas imagens previamente construídas se cristalizam e nos impedem de ver além da aparência. E quando ver somente a aparência se torna hábito.

Os anos se passam e como dejavús as cenas se repetem... E as lembranças me recordam o livro de Rubens Alves “E aí? Cartas aos adolescentes e a seus pais”.
Em “sobre as aves e os adolescentes”, as maritacas são comparadas aos adolescentes que vivem em bandos. Mesmo após a adolescência as maritacas continuam fazendo barulho. Continuo preferindo os sabiás: “Que quando cantam, todo mundo se cala e escuta”.


Ângela Pereira.
12 de setembro de 2009.

jueves, 10 de septiembre de 2009

Sento no divã...

Hoje trocaram meu nome... me puseram na máquina do tempo e me transportaram daqui. Me travesti de ilusão!

Hoje, brinquei de relembrar!

Amanhã brincarei de esquecer!

Depois de amanhã... não sei!

Acordarei?



Ângela Pereira.

10 de setembro de 2009.

lunes, 7 de septiembre de 2009

Recíproco!

Encanto-me como as possibilidades

Aumentam a cada palavra escrita...

Aleatoriamente escritas...

Ou pensadamente colocadas.

Desenhadas...


A cada suspiro... Respiro-me!

A cada ponto sonoro... Realizo-me!

A cada reticência... Certifico-me de que muito há o que se pensar...

Senão por minha mente... que seja pelas dos leitores e leitoras...


Empolgar-me é empolgar-te...

O contrário também é verdadeiro.

Recíproco!

Com esses versos eu me entendo. E eles me entendem tão bem.


Brincando de escrever...


Ângela Pereira.

7 de setembro de 2009.

domingo, 6 de septiembre de 2009

"Faxina na alma"


Hoje amanheci com uma vontade de faxinar e me lembrei do lindo texto de Carlos Drummond “Faxina na alma”.

Com as devidas proporções respeitadas... Não quero apagar tudo o que vivi nem tanto estou morrendo de depressão por ter acabado um namoro ou ter me metido numa melodramática paixão! Longe disso! Estou cada vez mais consciente depois de insistir em histórias estranhas... De que o caminho não é por aí! Paixão é algo que embora aparentemente deixem as pessoas mais felizes, também machuca, prende, acorrenta.. Não mesmo!

Não quero correntes me prendendo, já bastam as outras prisões a que me submeto por estar nesse sistema. Estou aberta ao companheirismo, ao camaradismo e isso vai muito além que uma paixão!

Mas a identificação com o texto é no sentido de que após momentos de reflexão sobre os rumos da sua vida sempre há o que mudar ..mexer aqui e ali ... mudar de posição os móveis de casa... saculejar lembranças do passado e enxergar nelas potencialidades e dicas para mudar. Enxergar com outros olhos, sentir com sentidos mais aguçados... e acima de tudo se amar! Cuidar-se em várias dimensões.

Depois que o corpo dá sinal da necessidade de paradas...nem que seja com uma virose típica... Essas lembranças que ficam em algum lugar do cérebro adormecidas vem à tona.

Ótima faxina!


Ângela Pereira.

06 de setembro de 2009.

sábado, 5 de septiembre de 2009

Meu companheiro

O tempo hoje é o meu companheiro. A ele dedico alguns dos meus mais profundos pensamentos. Tento convencê-lo de que me dominar não é a saída... Querer extrair de mim os suspiros de uma vida cansada, tortuosa, intensa parece ser o seu objetivo comigo. Mas sei que não apenas é isso...
Acho que ele ora corre rápido ora devagar quase parando... atrás de mim... me olhando às espreitas... esperando somente uma decisão mais forte. Um passo mais pesado. Ou apenas um sinal, daqueles que aparecem ao acaso.
O meu companheiro, o tempo, todavia, não tem todo tempo do mundo!
O “meu” companheiro é fugaz. Escapa das minhas mãos... dos meus pés..do meu corpo.
Ele joga palavras na minha mente dizendo que a melhor forma de aproveitá-lo é viver intensamente. “Viver intensamente... viver intensamente... viver intensamente! Viva intensamente, querida!”.

Que é viver intensamente?

É não deixar de fazer aquilo que se gosta por nenhum outro motivo.
É não ligar para o que os outros pensam em julgamentos sem fundamento ou laboriosamente inventam de sua vida.
É se deixar experimentar todos os sentidos...para mais tarde não se arrepender de não ter sentido as diversas sensações de um mundo latente!
É perder menos tempo reclamando do não realizado e determinadamente ir em frente realizando!
É, sobretudo, não ter medo de errar, topar com a cara no chão e se levantar... com arranhões..feridas... Mas com a cabeça erguida e feliz por não estar se limitando a não tentar!

Às vezes o meu companheiro me decepciona, mas sei que a culpa não é só dele. Sei que também é minha culpa porque me esqueci de viver intensamente! Ainda bem que existe o perdão!

06 de setembro de 2009.
Ângela Pereira.

martes, 1 de septiembre de 2009

A vontade de lutar persiste!



Surge de dentro

Impulsionada por fora.

Pelos rostos cansados..

Pela angústia própria...

Pela contradição veemente...

Pelo triscar dos dentes ...

Pelo choro tangente...



Em meio à dificuldade de resistir...

Essa vontade de lutar persiste!


Em meio à dor da alma proletária...

Essa vontade de lutar persiste!


Em meio ao medo de perder...

Essa vontade de lutar persiste!


Em meio à desorientação do povo...

Essa vontade de lutar persiste!


Em meio aos altos e aos baixos da luta...

Essa vontade de lutar persiste!


Que bom!

A indignação vence o medo

E a vontade de lutar persiste!


Ângela Pereira.

02 de setembro de 2009.